Ação Sindical Fim da espera: engenheiros conquistam 59% |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Após nove anos sem reajuste salarial – o último havia sido concedido em outubro de 1995 – os profissionais que atuam na administração direta como estatutários finalmente verão a recomposição, ao menos parcial, de seus ganhos, corroídos pela inflação de quase uma década. Em 5 de julho, foi anunciado pelo Governo o aumento de 59,05%, que entra em vigor a partir de 1º de setembro. Com isso, o piso que era de R$ 840,81 (R$ 980,81, se somadas duas gratificações agregadas a esse valor) passa a ser R$ 1.560,01 (veja tabela). Assim, atinge o que a Lei 4.950-A/66 estabelece para jornada de seis horas diárias. Para cumprir as regras previstas para oito horas, deve chegar a R$ 2.210,00 ou 8,5 vezes o salário mínimos vigente no País. A notícia foi recebida como uma vitória, alcançada depois de uma longa batalha, que envolveu a organização desses trabalhadores e o empenho do SEESP. Há anos, a entidade vinha tentando sensibilizar o Governo para a situação desses profissionais, cerca de 3 mil no Estado todo, cumprindo funções fundamentais, mas sem o reconhecimento devido. As negociações foram feitas com o secretário Antonio Duarte Nogueira, titular da pasta de Abastecimento e Agricultura, na qual está a maioria dos engenheiros e agrônomos. A sinalização positiva veio na reunião realizada em 1º de julho, quando ele informou que a reivindicação finalmente seria atendida.
Mobilização continua – Feito o anúncio oficial pelo governador Geraldo Alckmin, uma nova reunião, no dia 6 de julho, serviu para esclarecer dúvidas e manter aberta a perspectiva de novas conquistas. “Nossa meta não foi atingida agora, mas é um avanço muito importante. O piso chega a seis salários mínimos e nos coloca a expectativa de conseguir os 8,5 lá na frente”, afirmou Duarte Nogueira. A estratégia, segundo ele, será definir um instrumento próprio de reajuste aos engenheiros para que esses, em número relativamente pequeno, não dependam do conjunto do funcionalismo que soma centenas de milhares. Para o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, não há dúvida de que foi uma importante vitória da categoria. “E começamos já a buscar o que ainda falta para contemplar plenamente o que é direito dos engenheiros”, afirmou. Durante a reunião, também foi constituída uma comissão para, juntamente com o secretário adjunto Alberto José Macedo Filho, discutir a tabela de gratificações e o teor da mensagem que será enviada à Assembléia Legislativa para oficializar o reajuste.
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Texto
anterior Próximo texto |