Editorial Reajuste dos engenheiros: questão de justiça |
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Depois de amargar quase nove anos sem reajuste salarial, os profissionais que atuam na administração direta do Estado de São Paulo finalmente obtiveram uma importante conquista. No dia 5 de julho, com grande repercussão na imprensa, saiu o anúncio do aumento salarial do funcionalismo, incluindo a nossa categoria, que recebeu 59%. O desfecho foi o resultado de um longo esforço de reivindicação e diálogo, que por fim se viu bem-sucedido. Com a medida, o Governo cede à legítima pressão que vinha sendo feita, mas, acima de tudo, pratica um ato de justiça. Era chocantemente inaceitável o tratamento que vinha sendo dado a esses trabalhadores que, como o próprio governador Geraldo Alckmin reiteradas vezes afirmou, são fundamentais para o progresso de São Paulo e o bem-estar da sua população. Assim, o momento é indiscutivelmente para comemoração. Contudo, também deve servir para mantermos a mobilização e o canal de comunicação com o Governo, por meio da Secretaria de Abastecimento e Agricultura, onde estão lotados em sua maioria. Se conseguimos aumento significativo do humilhante piso de R$ 840,81, ainda não atingimos o previsto na lei federal que estabelece a mínima remuneração da categoria. Tampouco a recomposição total dos seus ganhos de acordo com a inflação do período em que ficaram congelados. Dessa forma, é importante que essa conquista sirva para que os engenheiros se organizem ainda mais, tendo em vista a prova de que esse é o caminho para o êxito. O SEESP, sem dúvida, insistirá na defesa firme dos direitos da categoria, contando agora com a compreensão do secretário Antonio Duarte Nogueira, que se mostrou disposto a colaborar nessa batalha.
Eleições 2004 – No início de julho, o SEESP deu início a mais uma edição do ciclo de palestras “A engenharia e a cidade”, que tem o objetivo de ouvir as propostas dos candidatos a prefeito, assim como apresentar a eles as nossas sugestões para as diversas questões urbanas. Já foram recebidos Paulo Salim Maluf, do PP, e Paulo Pereira da Silva, do PDT, e já agendou sua participação a deputada Luiza Erundina, na disputa pela coligação PSB/PMDB. Democraticamente, todos os que concorrem à Prefeitura da Capital foram convidados e serão ouvidos em condições de igualdade. A iniciativa, que deve se multiplicar pelo Estado nos municípios em que o SEESP mantém Delegacias Sindicais, é mais um esforço de tornar as eleições um momento de debate dos problemas que afligem a população. Independentemente de orientação político-partidária, é importante que os candidatos tenham em mente que temas como habitação, transporte e saneamento sempre terão uma solução técnica mais adequada. Para encontrá-la, deve ser aplicada a boa engenharia. O orçamento público, formado a partir de impostos pagos arduamente pelo contribuinte, deve ser utilizado de maneira responsável e racional. O SEESP oferece desde já sua colaboração para que essa meta seja atingida.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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