Opinião

Fortalecimento, mesmo nos difíceis anos 90

Ubirajara Tannuri Felix

 

Nascido em 1934, o SEESP, a partir do Movimento Renovação no início da década de 80, passou a trilhar os rumos que o guiam até hoje. Esses foram o fortalecimento da ação sindical, com a efetiva representação dos engenheiros, o enraizamento da entidade nas diversas regiões do Estado e a participação cidadã das questões relevantes para a sociedade, destacando-se a defesa da tecnologia nacional.

Esse alicerce sobre o qual se assenta nossa organização sofreu verdadeira prova de fogo nos anos 90 – auge da onda neoliberal que trouxe sérias dificuldades ao movimento sindical –, mostrando-se de fato sólido. No período 1995-1998, em que tive a honra e a alegria de presidir o SEESP, as diretrizes da nossa gestão foram Unidade, Ação Sindical e Valorização Profissional. Essa foi a chave de todo o nosso trabalho, que nos permitiu alcançar muitas conquistas.

Avançamos significativamente nas negociações coletivas, atingindo um nível de organização e mobilização dos engenheiros capaz de garantir o respeito de nossos interlocutores e assegurar os direitos e interesses de nossa categoria. Sintomaticamente, cresceu o quadro associativo. Bandeira importantíssima foi a geração de emprego e renda, com o Movimento Engenharia Urgente, e a requalificação profissional, como forma de enfrentar o quadro recessivo instalado no Estado e no País.

Ainda num projeto de valorização da engenharia, propusemos um programa de modernização ao Sistema Confea/Creas, que foi representado pelos candidatos apoiados pelo SEESP nas eleições da instituição em 1996. Na ocasião, conquistamos, de fato, o Conselho Federal e, por pouco, não chegamos ao Regional.

Pudemos ainda obter resultados relevantes no empenho de dotar a entidade de infra-estrutura para melhor atender aos associados. Um símbolo concreto desse esforço é a atual sede do sindicato, construída e inaugurada naquele período.

Àquele capítulo da história do SEESP vêm sucedendo-se outros, sempre vitoriosos, mostrando que a trajetória escolhida foi acertada. O momento atual vivido pela entidade, de evidente avanço e dinamismo, é a constatação cabal disso. Assim, às vésperas de comemorarmos os 70 anos de luta do sindicato, só podemos prever um futuro brilhante. Por maiores que sejam as dificuldades, provado está que somos capazes de tirar de cada situação o melhor resultado possível para a categoria e em prol da sociedade. Destacando-se sempre a perseverança na batalha por mais emprego e engenharia, a parceira do desenvolvimento, e a consolidação de nossas relações institucionais. E temos agora mais um instrumento importantíssimo nessa empreitada: a CBP (Central Brasileira de Profissionais), cuja subsede paulista foi lançada recentemente. Sem dúvida, temos muito a comemorar.

 

Ubirajara Tannuri Felix foi presidente do SEESP na gestão 1995/98. Este artigo integra uma série em comemoração aos 70 anos do sindicato, que se completam em 21 de setembro próximo.

 

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