Editorial A engenharia e a cidade |
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O SEESP promoveu, entre julho e setembro, o ciclo de palestras “A engenharia e a cidade”, que contou com a participação dos candidatos e das candidatas à Prefeitura de diversos municípios, inclusive da Capital. Nesses encontros, realizados na sede do sindicato e em suas delegacias, os concorrentes tiveram a oportunidade de apresentar suas propostas às respectivas cidades e também de ouvir as dúvidas e sugestões dos engenheiros, profissionais que muito têm a contribuir à solução dos problemas urbanos. Em São Paulo, foram convidados os 14 postulantes ao Executivo. Aceitaram o chamado Walter Canoas (PCB), Francisco Rossi (PHS), José Penna (PV), Paulo Pereira da Silva (PDT), Paulo Maluf (PP), Luiza Erundina (PSB), Marta Suplicy (PT) e José Serra (PSDB), que encerrou a temporada no dia 13 de setembro (veja cobertura). Ao redor do Estado, os eventos se repetiram em Campinas, Santos, Piracicaba, Franca, Lins, Marília, Araçatuba e Bauru. Todos tiveram as mesmas condições de se colocar e defender suas idéias. Tiveram também tratamento equânime nos meios de comunicação da entidade, o que propiciou aos associados que não puderam assistir as palestras conhecerem o projeto de cada um e, assim, melhor decidir o seu voto. Em comum, essas ocasiões tiveram ainda a virtude de colocar em pauta o que de fato importa: o que aflige os cidadãos e qual a melhor saída técnica à disposição; como bem aplicar os recursos públicos, arrecadados à custa de impostos pagos arduamente pelo contribuinte. Além de ouvir as ponderações dos profissionais, os candidatos tiveram acesso aos estudos desenvolvidos pelos grupos de trabalho do SEESP para as áreas de habitação, transporte, meio ambiente, energia e saneamento básico, o que poderão aproveitar num eventual mandato. O empenho bem-sucedido de promover esses debates democráticos, sem preferências ou discriminações partidárias, garante ao SEESP mais uma vez a independência necessária para que continue propondo e cobrando soluções do poder público, seja quem for seu ocupante do momento. Essa opção de inserção não comprometida, mas compromissada com o interesse público, feita décadas atrás, reforça-se a cada gestão que dirige o sindicato e hoje se mostra plenamente acertada. Graças a ela, a entidade pôde, ao longo do tempo, manter-se coerente com suas reivindicações e bandeiras de luta. Dessa forma, os que se elegerem neste mês de outubro, não importando a que legenda se filiem, poderão contar sempre com o SEESP como colaborador, mas também como um constante observador e crítico da administração pública.
Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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