Eleições SEESP

Tecnologia a serviço da democracia

 

A atual diretoria do sindicato, encabeçada pelo presidente Murilo Celso de Campos Pinheiro, foi reeleita para comandar o SEESP na gestão 2006-2009. O pleito aconteceu entre os dias 25 e 27 de abril, exclusivamente pela Internet. Assim, os sócios aptos a votar puderam exercer o seu direito, independentemente do local em que se encontrassem. A garantia da segurança foi dada por sistemas criptografados, como já ocorrera na eleição anterior, em 2001. Outra vantagem foi a agilidade na apuração. Imediatamente após o encerramento do processo, a comissão eleitoral apresentava o resultado: a chapa “Trabalho, integração e compromisso” ficou com 92% dos votos; brancos e nulos somaram 8%.

 
Saldo positivo, compromisso renovado
 

O presidente reeleito do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, faz um balanço do mandato que chega a sua reta final e aponta perspectivas para a gestão 2006-2009.

 

Qual a sua avaliação da gestão que se encerra em 2005?
É muito positiva. Apesar de todas as dificuldades, e sempre há muitas, o período foi de avanço e crescimento em todas as nossas frentes de atuação. Isso se deu na ação sindical, nas nossas relações políticas e institucionais, no debate das questões técnicas e também nos serviços aos associados. Uma ótima e clara medida para isso é o fato de termos ampliado significativamente o número de associados, que triplicou nos últimos quatro anos.

 

Na ação sindical, o que você destacaria?
No campo da ação sindical, mantivemos e reabrimos canais de negociação nas empresas em que atuam os engenheiros, como Ferroban, por exemplo, que não concedia reajustes desde 1999 e abandonou a intransigência. O mesmo se deu em várias companhias estatais nas quais o diálogo vinha sendo difícil. E esse processo é fundamental porque é sempre melhor quando campanha salarial pode chegar a bom termo à mesa de negociação. Por conta disso, as campanhas salariais de 2004 (as deste ano iniciam-se em 1º de maio, leia sobre o assunto) encerraram-se com saldo positivo que beneficiou cerca de 150 mil engenheiros em todo o Estado de São Paulo.

 

No que diz respeito aos serviços prestados aos associados, qual o diferencial?
O SEESP já há bastante tempo dispõe de uma ampla carteira de benefícios, que incluem convênios diversos. O carro-chefe é o Plano de Saúde do Engenheiro, que nos últimos anos foi aprimorado e vem sendo cada vez mais procurado. Já são cerca de 22 mil vidas atendidas por ele. Nessa gestão, também, a grande novidade foi a implementação do SEESPPrev, o fundo de pensão do engenheiro, pioneiro na categoria fundo de instituidor.

 

Você também mencionou avanços nos debates das questões técnicas. Como tem sido isso?
O sindicato tem estado muito envolvido com o debate de questões como energia, saneamento básico, meio ambiente, habitação e transporte, entre outras, num grande universo. Houve um esforço muito grande dessa diretoria de impulsionar essas discussões, sempre com um objetivo básico: levantar o problema, apontar a melhor solução técnica e trabalhar politicamente para implementá-la. Assim, o SEESP sediou inúmeros debates e seminários.

 

Uma frente de batalha significativa no último ano e meio dessa gestão tem sido a reforma sindical, não?
Desde o início, temos tentado ao máximo influenciar esse processo, buscando defender os interesses dos trabalhadores em geral e dos engenheiros em particular, já que a proposta de reforma do Governo os ameaça frontalmente ao pretender acabar com os sindicatos por categoria. Nós fizemos ver ao Ministério do Trabalho que, não podendo ser enquadrados em ramo algum, esses profissionais, assim como outros chamados liberais, precisam de organização própria. Como resultado desse esforço, foi criada uma câmara setorial para tratar do assunto.

 

Qual a perspectiva para o próximo mandato?
De forma muito otimista, dar continuidade ao trabalho e seguir avançando em defesa dos engenheiros. Garantir mais e melhores acordos coletivos de trabalho; defender a volta do crescimento com investimentos públicos em infra-estrutura, o que garante emprego e melhores condições de vida à categoria e a todos os brasileiros; batalhar para que a produção volte a ter espaço neste País, cada dia mais vítima da lógica financeira; desenvolver serviços aos nossos associados. Enfim, manter e renovar o lema da nossa gestão: trabalho, integração e compromisso.

 

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