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Computador: saiba escolher e evitar problemas

Soraya Misleh

 

Com a expansão do uso da Internet, a segurança torna-se a grande preocupação para quem utiliza informática. É fundamental ter um bom antivírus e se cercar de ferramentas ou equipamentos que impeçam a invasão de hackers. O engenheiro de sistemas Marcelo Gumiero, diretor da WK3 Tecnologia, dá dicas para a proteção do seu micro. Orienta ainda sobre como agir quando acontecem os famosos “paus”. E como proceder para adquirir um computador que atenda às suas necessidades.

Para a escolha do melhor equipamento, explica ele, “a primeira coisa que a pessoa precisa saber é para que ela vai usá-lo, se vai colocá-lo em rede, quais as aplicações que utilizará, se consumirá muitos recursos gráficos ou de som, se armazenará muitos dados”. O próximo passo é contratar um fornecedor de confiança.

 

Como definir a configuração – Para rodar uma aplicação gráfica, por exemplo um Autocad, é preciso um micro com bastante memória ram. Recomenda-se que seja de um gigabyte para a máquina não ficar lenta. O computador pode ser um Pentium 4 de pelo menos três gigahertz ou um AMD de 2.8. São processadores adequados a essas aplicações, as quais geram arquivos grandes. Assim, a sugestão é que seja utilizado um HD de 120 ou 200 gigabytes. Se optar por software livre, o usuário pode ter uma economia na memória, de um giga para 780 megabytes.

 

Deu pau, e agora? – Se o sistema utilizado for Windows XP ou baseado em Windows 2000 e 2003, é possível acionar o gerenciador de tarefas pressionando as teclas ctrl, shift e esc ao mesmo tempo. Abre-se, então, a aplicação e a pessoa consegue ver se há alteração no gráfico da CPU, ao clicar em “desempenho”. Se estiver em um nível elevado, é sinal de que há algum problema. Daí, deve-se clicar em “processos” para identificá-lo. No item CPU, as variações em condições normais são pequenas (00, 1%, 2%). Quando há algum “pau”, há uma elevação nesse percentual. Para sair desse estado, o caminho é clicar com o botão direito do mouse sobre o processo respectivo e finalizar a tarefa. Esse procedimento pode destravar o computador . Ou pode ser solicitado que se reinicie o micro, tornando, portanto, desnecessário que se desligue o equipamento apertando o botão, de forma irregular – o que, se feito com freqüência, pode danificar o sistema operacional.

A primeira suspeita quando um computador trava é de mau funcionamento de alguma aplicação. A segunda, vírus e por último, ataque de hacker. Se a pessoa conseguiu, através do gerenciador de tarefas, resgatar a máquina, pode rodar o antivírus e constatar se há arquivo infectado.

 

Contra vírus – Gumiero recomenda o coreano Hauri, antivírus cujo diferencial é que já começa a atuar quando o vírus está chegando pela rede. Além disso, o Hauri não usa quarentena: detectou o problema, busca limpá-lo de imediato. Uma cópia custa cerca de R$ 90,00. Sua atualização é automática, basta configurar o período desejado para tal. Caso o usuário ainda não tenha antivírus, alternativa é fazer o rastreamento de seu equipamento online, acessando o site www.globalhauri.com/html/onlineservice/livecall_service.html.

Apesar de disporem de sistemas simples para bloquear a invasão por hackers, os antivírus não são potentes a ponto de evitá-la. O ideal é ter um equipamento específico para isso. O engenheiro aconselha a tecnologia Access Point com firewall. Aparelho sem fio, externo e móvel, faz todo o roteamento da Internet e permite acessar sites e toda a rede de uma empresa com segurança. Sistemas que podem ser baixados pela Internet, alguns gratuitos, não são recomendados. Seu uso depende da aplicação e, por vezes, o próprio programa é o problema. O firewall do Windows funciona, mas é limitado, assim como a maioria dos outros. Além de escolher a solução adequada, é preciso que o suporte técnico seja feito por uma empresa de confiança.

Para quem tem receio de usar ferramentas como MSN, Gumiero garante: as do yahoo e hotmail são seguras. O velho ICQ é o menos recomendado, por ter um canal de comunicação para criar chat que muitos vírus podem explorar. Nas demais, problema pode haver se o usuário abrir um arquivo executável infectado.

 

Para escapar dos piratas – Devido aos custos proibitivos para muitos dos softwares proprietários – um pacote Office completo da Microsoft, por exemplo, custa aproximadamente R$ 1.900,00 –, há quem opte pelos piratas. Além de correr o risco de ser multado, a escolha pode trazer outras dores de cabeça. O software ilegal pode vir com spywares (invasores espiões), adwares (adicionais que permitirão que sejam abertas propagandas o tempo todo na tela) ou mesmo vírus, apesar de ser mais difícil. A quem não pode ou não quer pagar caro para usar um sistema seguro, a alternativa é utilizar softwares livres.

 

Manutenção preventiva – Contratar um técnico experiente para fazê-la é aconselhável. Isso principalmente se o usuário reside ou tem sua empresa instalada perto do litoral ou em área onde haja muita poluição. Os fatores ambientais externos podem oxidar contatos metálicos da máquina e, se não for feita limpeza periódica, o computador pode ficar lento e mesmo começar a travar. Aos softwares também é importante a manutenção, para verificar, por exemplo, se as atualizações de antivírus estão efetivamente ocorrendo. O ideal é que esse trabalho preventivo seja feito a cada seis meses. Para entender o que o técnico quer dizer, pode-se acessar endereços pela Internet que contêm o significado de termos de informática freqüentemente usados, entre eles os sites http://www.torque.com.br/internet/glossario.htm ou http://dicionariodeinformatica.com.br.

 

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