Giro paulista Grande ABC oferece oportunidades a engenheiros Soraya Misleh |
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Apesar de o setor automotivo ter descentralizado suas atividades a partir dos anos 90, o Grande ABC – que abrange as cidades de São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá e Diadema – não perdeu sua característica de importante pólo industrial. Roberto Bortolussi, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), constata: “Toda vez que a empresa precisa desenvolver um produto de qualidade, opta por essa região.” Em função disso, o ABC continua a ser atrativo aos engenheiros. Conforme Sérgio Scuotto, presidente da Delegacia do SEESP na localidade, que atua no setor automotivo há mais de 30 anos, a parcela desses profissionais nos centros de desenvolvimento de veículos das montadoras – a maioria situada na região – aumentou nas últimas três décadas de 30% para 80%. Para ele, é determinante a esse incremento o fato de as matrizes estarem desenvolvendo projetos no Brasil. Colaborador do GET/SAE (Grupo Excelência Tecnológica da Sociedade de Engenharia Automotiva do Brasil), Guilherme Sortino lembra que até os anos 80 os produtos eram criados fora e ao País cabia apenas adaptá-los. Além disso, a complexidade do veículo moderno requer, conforme Scuotto, pessoal habilitado, o que também justifica a expansão de oportunidades à categoria nos centros de desenvolvimento. “Nos anos 70, eram contratados muitos técnicos, hoje nas montadoras a exigência é que se tenha diploma de engenheiro”, afirma. Nesse cenário, o ABC torna-se mercado potencial para o jovem profissional. Não quer dizer que não haja vagas aos veteranos. A esses, na concepção de Sortino, quanto mais especializados, maiores são as chances.
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