Editorial O sonho do desenvolvimento |
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O Brasil atravessou o século XX como o “país do futuro”. Lamentavelmente, iniciamos o XXI sem que a promessa se cumprisse e sob o signo da mediocridade no que diz respeito a crescimento econômico. Pressionados por uma ideologia travestida de ciência econômica e tratada como dogma religioso – o neoliberalismo –, sucumbimos à lógica monetária que rege o governo brasileiro há uma década. A cantilena atravessou dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e um de Luiz Inácio Lula da Silva. O resultado dessa opção foi amargamente registrado ao final do ano passado: a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) ficou somente em 2,3% em 2005, quando chegou a enfrentar retração de 0,9% no terceiro trimestre. Nesse período, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), somaram-se para o resultado pífio a política monetária e a crise política, que também inibiu investimentos – esperava-se que esses crescessem 5,3% em 2005, mas tiveram incremento de apenas 1,6%. Em mais uma demonstração da desindustrialização que vem se abatendo sobre o País, esse foi o setor que mais contribuiu negativamente para o cômputo geral, expandindo-se apenas 2,5%. Mesmo a festejada agropecuária, responsável pelo sucesso da balança comercial brasileira, sofreu retração em relação aos 3,2% que cresceria, parando em 0,8%. Assim, mais uma vez os brasileiros – ao menos aqueles que não lucram exorbitâncias com a especulação – assistiram boquiabertos o potencial nacional ser desperdiçado. Contudo, continua vivo o sonho do crescimento econômico, que se traduza em desenvolvimento social e garanta vida digna à maioria.
Um
projeto para o Brasil Enfim, as propostas serão apresentadas à sociedade. Estará sistematizado um projeto para o Brasil pensado pela categoria ligada ao desenvolvimento por excelência. O próximo passo será a luta incansável para vê-lo implementado pelos governantes. Cumprindo com nossa vocação e obrigação, continuaremos a perseguir a meta de transformar este País numa nação de verdade.
Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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