Sindical SEESP debate engenharia e desenvolvimento Rita Casaro |
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A partir de março, estarão em pauta, em seminários promovidos pelo SEESP, os principais temas ligados ao desenvolvimento do Estado e do País. Visando sua participação no VI Conse (Congresso da Federação Nacional dos Engenheiros) a ser promovido pela FNE em setembro próximo, o SEESP realizará debates junto a suas bases regionais, buscando suas posições e contribuições sobre o tema. De acordo com Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do sindicato e também da federação, o objetivo do congresso que ocorre em nível nacional, nesta sexta edição, é “oferecer à comunidade dos engenheiros e demais profissionais da área tecnológica, assim como aos setores produtivos e à sociedade em geral, as bases para um projeto nacional de desenvolvimento”. Os eixos da proposta, conforme ele, seriam trabalho e emprego, engenharia e qualidade de vida e desenvolvimento. “Levada hoje à discussão em âmbito nacional, essa bandeira tem marcado a atuação do SEESP desde o início do Movimento de Renovação (iniciado nos anos 80) e, portanto, São Paulo participará ativamente do debate, aproveitando a oportunidade oferecida pelo VI Conse”, ressaltou. Segundo ele, foram escolhidas para sediar os eventos que precederão o da FNE cinco regiões estratégicas no Estado e a idéia é que cada uma trate de um tema que lhe seja mais interessante entre os eleitos: infra-estrutura, energia, recursos hídricos e saneamento, transportes urbanos e ciência, tecnologia e engenharia, conforme o programa preliminar da federação.
Trabalho
e profissão Ainda não saiu do horizonte a ameaça de mudanças da legislação sindical e sobram incertezas sobre o que pode ser feito nessa área. A idéia é, portanto, que a categoria debata de forma efetiva e consistente que modelo de organização defende e propõe ao governo e à sociedade. Da mesma forma, os direitos dos trabalhadores continuam na linha de fogo. Discursos sobre exigência de competitividade na globalização e necessidade de cortar gastos públicos questionam cotidianamente benefícios como décimo terceiro salário, férias e previdência. Assim, caberá aos engenheiros debruçarem-se sobre a questão e elaborarem sua proposição a ela. Também exige estudo e debate a realidade do sistema que agrega os engenheiros e diversos outros profissionais do setor tecnológico, somando 900 mil em todo o Brasil. Basicamente, tem a função de regulamentar e fiscalizar atividades das categorias que respondem por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e movimentam um mercado de trabalho cada vez mais avançado tecnologicamente e especializado. Para dar conta dessas atribuições, dispõe de um orçamento anual de R$ 500 milhões. Desse montante, aproximadamente 10% ficam com o Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e o restante é distribuído entre os Creas (Conselhos Regionais), de acordo com o número de profissionais registrados – São Paulo teve, em 2005, uma verba de cerca de R$ 76 milhões. Apesar dos recursos, esses órgãos têm deixado a desejar. Queixa comum, recolhida entre profissionais nos quatro cantos do País, tem sido a omissão em cumprir suas tarefas, a falta de transparência e democracia na gestão. Um programa apresentando respostas a tal situação garantiu, por exemplo, a eleição de José Tadeu da Silva à presidência do Crea-SP, no pleito de 2005, com o apoio do SEESP. “Apesar desse avanço no Estado, o quadro existente há anos exige profunda reflexão no sentido de se buscar um salto de qualidade”, avalia Pinheiro.
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