Os
males da poluição e seu custo para a sociedade
Não existem níveis seguros para a inalação
de material particulado e ozônio. A informação foi
dada pelo professor-doutor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade
de São Paulo), Paulo Hilário Saldiva, durante palestra técnica
intitulada “A influência da poluição na saúde
e o custo para a sociedade”, realizada no dia 10 de maio, na sede
do SEESP na capital paulista. Promovida por esse sindicato, por intermédio
de seu GTTM (Grupo de Transporte, Trânsito e Mobilidade), a iniciativa
integra o ciclo “SEESP Debate”, o qual abordou também
alternativas energéticas ao diesel, no final de março. A
série tem o objetivo de estimular as discussões relativas
ao ambiente, de modo a fundamentar propostas a ser formuladas pela entidade
em prol do meio e da qualidade de vida nos grandes centros urbanos.
Em sua apresentação,
Saldiva apontou alguns aspectos preocupantes na metrópole de São
Paulo. Na Av. Doutor Arnaldo, como ilustrou o professor, em 24 horas,
se for colocado um filtro branco, esse ficará preto. E concluiu:
“Na média, morar em São Paulo equivale a fumar três
a quatro cigarros por dia.” Engenheiro da Cetesb (Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental), Olimpio de Melo Álvares Júnior
foi um dos debatedores. Ele enfatizou que a contribuição
da frota de veículos à poluição do ar com
a emissão de contaminantes como monóxido de carbono e outros
na Região Metropolitana é superior a 90%. Diante disso,
foi categórico: “A circulação motorizada precisa
ser controlada e para isso a Cetesb idealizou e desenvolveu o Proconve
(Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores) há 20 anos.” Na sua concepção,
as ações têm que ser focalizadas em combustíveis
mais limpos e sistemas integrados de transporte público urbano.
Para o vice-presidente do SEESP e coordenador do GTTM, Laerte Conceição
Mathias de Oliveira, é urgente mudar o modelo de mobilidade na
metrópole, que privilegia o transporte individual em detrimento
do coletivo.
O professor
atestou que a situação seria ainda pior se o Proconve não
tivesse sido implantado. Esse “impediu o crescimento da poluição,
apesar do aumento da frota (hoje, são cerca de 7 milhões
de automóveis)”. Conforme a Cetesb, o programa, em funcionamento
desde 1986, reduziu a emissão de poluentes por veículos
novos em cerca de 97%. “Aproximadamente quatro mortes são
evitadas por dia com o Proconve”, garantiu Saldiva. Também
segundo ele, a economia anual à saúde com o programa está
em torno de US$ 1,5 bilhão. Mesmo assim, “ainda gastamos
por volta de US$ 450 milhões”. Volf Steinbaum, representante
da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, lembrou que a partir
de 2007 todos os veículos a diesel registrados no município
de São Paulo deverão fazer a inspeção veicular,
o que pode contribuir para reduzir emissões.
Um
guia sobre o funcionamento do Poder Legislativo
É
o que oferece à sociedade e lideranças o Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar) ao lançar a publicação
“Por dentro do processo decisório – como se fazem as
leis”. De autoria do jornalista, analista político e diretor
de documentação do órgão, Antonio Augusto
de Queiroz, a obra reúne em 113 páginas informações
sobre como são organizados e quais as atribuições
dos poderes executivo e legislativo e análises sobre “os
procedimentos, táticas e estratégias utilizados pelos atores
institucionais e não-institucionais na concepção,
formulação e negociação do conteúdo
das políticas públicas”, elucida o presidente do Diap,
Celso Napolitano, em sua apresentação. Informações
sobre como adquirir o livro no site www.diap.org.br.
Diretoria
da Assenag toma posse em Bauru
Em
cerimônia realizada no dia 5 de maio, na sede da Assenag (Associação
dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru), a diretoria dessa
entidade para o biênio 2006-2008 foi empossada.
Cerca de
200 pessoas prestigiaram o acontecimento, incluindo os presidentes do
SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, e do Crea-SP (Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), José
Tadeu da Silva. Compõem a nova diretoria Marcos Wanderley Ferreira
(presidente), Afonso Celso Fabio (vice-presidente), Paulo Roberto Siecola
(vice Engenharia), Maurício Queiroz Costa (vice Arquitetura), Marcus
Vinicius Vallin (vice Agronomia), Antonio Grillo Neto e Richard Gebara
(tesoureiros), Francisco Ramos Monteiro e José Valério Neto
(secretários).
Delegacia
da Baixada Santista reúne-se com presidente do TRT-SP
No
dia 25 de abril, Newton Güenaga Filho e Antonio Fernandez Ozores,
respectivamente presidente e secretário geral da Delegacia Sindical
do SEESP na Baixada Santista, foram recebidos na Justiça do Trabalho
em Santos pela presidente do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de
São Paulo), juíza Dora Vaz Treviño. Os dirigentes
destacaram a importância do processo de modernização
da justiça trabalhista, para que se torne ágil e bem estruturada.
Eles aproveitaram a oportunidade para entregar à magistrada o livro
“70 anos de SEESP”, publicado em comemoração
ao aniversário de 70 anos da entidade, completado em 2004.
Campanha
salarial na Emae
Em assembléia geral extraordinária ocorrida no dia 12 de
abril, os engenheiros da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e
Energia) aprovaram a pauta de reivindicações 2006, a qual
foi entregue à companhia em 2 de maio. Com data-base em 1º
de junho, essa será a primeira negociação coletiva
com a Emae. Entre os pleitos da categoria, estão reajuste salarial
com base na variação integral do maior entre os principais
índices de reposição da inflação (acumulados
do período de 1º de junho de 2005 a 31 de maio de 2006) extensível
aos demais benefícios; aumento real de 5%; abono de 50% do vencimento
a título de compensação da perda salarial no período;
piso de R$ 3.500,00 correspondente a dez mínimos; e manutenção
da PRR (Política de Remuneração por Resultados),
com o pagamento de até 100% do salário nominal de cada engenheiro
acrescido dos adicionais fixos e anuênio em duas parcelas (agosto/2006
e abril/2007).
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