Giro paulista Solução para transporte urbano exige R$ 14,9 bilhões e pode gerar 1,8 milhão de empregos |
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Essa foi a proposta apresentada durante o seminário “Sistema viário e transporte intermunicipal”, realizado na AEAS (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos), em 19 de junho. A palestra foi apresentada por Márcio de Queiroz Ribeiro, diretor da Trafecon, consultoria em engenharia de transportes e projetos de infra-estrutura urbana e ex-secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro, que fez um diagnóstico da situação do setor no Brasil. São feitas diariamente 200 milhões de viagens entre municipais e intermunicipais. Dessas, 123 milhões são motorizadas e 77 milhões, a pé, de bicicleta, carroças etc. A frota circulante no Brasil inclui 350 mil ônibus e 27,7 milhões de automóveis e motocicletas. O valor patrimonial desses veículos, incluindo o material rodante metroferroviário, soma R$ 501 bilhões. A infra-estrutura pela qual trafega atinge a cifra de R$ 580 bilhões. Os custos anuais da sociedade em tarifas são da ordem de R$ 47 bilhões e os dispêndios operacionais relativos às frotas particulares e comerciais chegam a R$ 125 bilhões. Diante desses números, Ribeiro acena com investimentos que podem ser considerados modestos para resolver os problemas que hoje afligem os brasileiros, que incluem falta de transporte, segurança e fluidez viárias. “Isso exige um programa mínimo de investimentos da ordem de R$ 14,9 bilhões, a ser realizado com recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e de dotações orçamentárias da União, dos estados e dos municípios.” Além de eliminar deseconomias geradas pela ineficiência do transporte e assegurar melhores condições de vida à população, garante o engenheiro, tal projeto pode gerar cerca de 1,8 milhão de empregos diretos e indiretos. Ainda segundo Ribeiro, as questões mais relevantes do problema concentram-se em 25 aglomerações urbanas envolvendo cerca de 100 municípios, nos quais vivem 61,5 milhões de pessoas ou 41% da população urbana. Essas são as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Brasília e Cuiabá e mais os aglomerados regionais de Campinas, Belém, Goiânia, Santos, Vitória, São José dos Campos, São Luís, Natal, Maceió, Londrina, Teresina, João Pessoa, Aracaju, Ribeirão Preto, Cuiabá e Florianópolis. Tal característica, afirma ele, exige gestões metropolitanas para essas conurbações.
Planejamento O debate foi mediado pelo diretor do SEESP e vereador local, José Antônio Marques de Almeida, o Jama, que destacou a importância da região da Baixada Santista: “Há 1,5 milhão de habitantes. Além do potencial turístico, passa por aqui a logística mais complexa do País.”
Projeto leonardiano O analista político e sindical João Guilherme Vagas Netto classificou a iniciativa como leonardiana. “É como as idéias de Da Vinci que, quanto mais distantes do tempo em que foram concebidas, mais geniais se mostram. Assim é esse projeto, conforme avança, mostra-se mais correto, impõe-se como acertado”, explicou. Ele lembrou que quando foi proposto o “Cresce Brasil”, em janeiro último, vivia-se no País uma crise que tornava difícil prever o quadro político que se teria em setembro. “Hoje, a idéia central do projeto é também o foco da preocupação para as próximas eleições, ou seja, como retomar o crescimento”, avaliou. A partir disso, defendeu, “qualquer que seja o resultado em outubro, os engenheiros têm uma plataforma de debate e combate para os próximos anos, as propostas saídas do VI Conse serão objeto de sua ação permanente”. Também participou da atividade, falando sobre organização profissional, o chefe de gabinete do Crea-SP, Francisco Kurimori. |
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Diretoria toma posse na Baixada Santista | |
Completou a programação de 19 de junho a posse da diretoria da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, que terá como presidente até 2009 Newton Güenaga Filho, reeleito no pleito realizado em 2005. Ao reassumir o cargo simbolicamente, ele destacou as ações locais que trouxeram avanços à entidade e benefícios à categoria, seja na área da representação coletiva, com as campanhas salariais da Cosipa e da Codesp, ou de serviços aos associados. O presidente estadual do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, elogiou o trabalho desenvolvido pela delegacia sob o comando de Güenaga. “É um orgulho ter companheiros como ele, que está sempre presente em todas as batalhas. Que façamos, juntos, esse sindicato cada vez mais forte”, afirmou. Integram ainda a equipe Rômulo Barroso Villaverde (1º vice-presidente), Nilson Roberto Correia (2º vice-presidente), Edison Ranni Taques Fonseca (1º tesoureiro), Ricardo Gomes Goulart (2º tesoureiro), Antonio Fernandez Ozores (1º secretário), Telmo Amaro Costa de Lara (2º secretário) e os diretores adjuntos Francisco Coelho da Silva, Ney Wagner Ribeiro, Cyro Raphael Monteiro Silva, Ovanir Marchenta Filho, Antonio Guimarães Neto, Álvaro Luiz Dias de Oliveira e Manoel Santiago da Silva Leite. |
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