Editorial

Engenheiros colocam Brasil em pauta

 

Nos próximos dias 13 a 16 de setembro, acontece o VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), promovido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), com participação de representantes da categoria em todo o Brasil. Realizado nesta oportunidade em São Paulo, espera-se ainda um grande número de convidados para as palestras e debates que terão lugar na programação.

Previsto no estatuto da entidade, o encontro, realizado a cada três anos, teve desta vez um longo e dinâmico processo de preparação e dedicou seus debates não só às questões corporativas dos engenheiros, mas a uma agenda que interessa a toda a sociedade. Criou-se assim o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Foram realizados seminários de abril a julho, em sete capitais, discutindo, além de temas como política trabalhista e sindical, aqueles considerados cruciais a um projeto de desenvolvimento nacional: energia, transportes urbano e de carga, comunicações, recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, ciência e tecnologia e agricultura.

Após debates com grande participação – foram cerca de 2.500 pessoas em todos eles – e de altíssimo nível nas cinco regiões do País, chegou-se a uma proposta final, que será apresentada ao longo da programação do congresso aos seus participantes. Aprovada formalmente pelos delegados do VI Conse, será então oferecida como contribuição aos candidatos a presidente e a governadores. A esses será entregue um pacote que inclui um diagnóstico da atual situação do Brasil e saídas para a retomada do crescimento com inclusão social. Preparadas por especialistas, com as contribuições de inúmeros profissionais, tais propostas abordam objetivamente as questões eleitas e sugerem os projetos concretos a serem realizados. Trata-se, portanto, de um plano palpável e exeqüível, não de generalidades e banalidades.

Passadas as eleições, a FNE dedicar-se-á à batalha política para ver implantadas tais propostas, que julgamos essenciais para garantir à maioria da população brasileira condições dignas de vida. Trata-se de ir além de políticas públicas que garantam a sobrevivência imediata da massa de excluídos, mas de dotar o País de condições reais de incluir tais cidadãos no mercado de trabalho e dar educação decente a seus filhos. É preciso construir a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do tão propalado potencial nacional.

O Brasil é chamado de o país do futuro há décadas. É mais que chegada a hora de tornar realidade o sonho que vem passando de geração a geração. Para os engenheiros, um passo nessa direção será dado no seu congresso nacional.

 

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

 

Texto anterior

Próximo texto

JE 284