Opinião Desejo objetivo João Guilherme Vargas Netto |
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Com o esquálido crescimento de 0,5% no segundo trimestre, a economia brasileira continua a se arrastar atrás de um imenso pelotão de países que se expandem a taxas bem mais elevadas. O susto – acontecido no meio da campanha eleitoral – reforça a necessidade, afirmada por todos, de crescermos mais, sem os freios do rentismo de juros altos. Começa a se formar um consenso forte na sociedade, vocalizado pelos candidatos e pelos economistas, mas também pelo movimento sindical dos trabalhadores e pelos empresários, da necessidade de crescimento econômico continuado com distribuição de renda. E como os problemas são objetivos e a solução
pelo e para o crescimento aponta coerentemente na mesma direção,
ao consenso de idéias começa a se juntar um outro, aquele
em torno de propostas exeqüíveis e até mesmo a coincidência
dos valores e taxas estimadas para o crescimento. Para a demonstração da justeza dessas propostas, constatamos a espetacular coincidência com outras propostas elaboradas de maneira independente por inúmeros organismos ou personalidades; citamos os números do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, as sugestões do PSB para o programa de governo de Lula e as propostas do candidato a vice-presidente na chapa do PSOL, César Benjamin. Hoje pode-se dizer com segurança que, mais que um acordo de vontades, há um desejo objetivo coincidente pelos números.
João
Guilherme Vargas Netto |
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