Editorial VI Conse aponta agenda futura dos engenheiros |
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Alcançar o desenvolvimento econômico com inclusão social – objetivo que tem sido apenas uma quimera para toda uma geração de brasileiros – precisa entrar de forma definitiva na agenda nacional. Convictos dessa necessidade, os engenheiros de todo o País aprovaram durante seu VI Congresso Nacional, realizado entre 13 e 16 de setembro na cidade de São Paulo, o manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. O documento é fruto de um longo processo de discussões, promovido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), que teve início em março último, passou por 14 seminários em diversas capitais brasileiras e cidades paulistas e contou com a participação de cerca de 3 mil profissionais. Nesses eventos, foram abordados os temas considerados cruciais a um projeto de desenvolvimento: energia, ciência e tecnologia, comunicações, saneamento, recursos hídricos e meio ambiente, transportes urbanos e de carga e agricultura. Os debates tiveram como base uma nota técnica elaborada por um especialista de cada área, depois aprimorada pela contribuição dos profissionais brasileiros. O manifesto assim construído contém um diagnóstico da atual situação socioeconômica do País e sugestões de ações e projetos em cada uma das áreas tratadas de forma objetiva, indicando inclusive os recursos necessários. A meta traçada pelos engenheiros visa crescimento econômico de no mínimo 6% ao ano. Para tanto, evidentemente será fundamental alterar a política macroeconômica, reduzindo a taxa de juros, e garantir investimentos públicos e privados da ordem de 25% do PIB (Produto Interno Bruto) para se dotar o País da infra-estrutura necessária. Trata-se, portanto, de uma proposta empreendedora, mas perfeitamente exeqüível e realista. Convencidos de que perseguir esse objetivo é a única saída para transformar o Brasil numa nação de verdade, que propicie vida digna e oportunidade de trabalho a todos os seus cidadãos, os engenheiros agora se dedicam a batalhar para ver implantadas suas propostas.
SEESP
72 anos
Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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