Editorial Falemos de crescimento |
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Antes mesmo da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciava que a partir de 2007 o Brasil entraria em fase de crescimento acelerado. Em diversos fóruns, inclusive num encontro com os engenheiros na sede do SEESP, realizado em 25 de outubro, ele apontou para 5% de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) já para o ano que vem, esperando resultados melhores posteriormente. Agora, foi a vez de o próprio Lula reafirmar o compromisso, prometer medidas de curto prazo ainda neste ano que favoreçam o crescimento e mandar o recado: “Tem de parar de falar em corte e falar em crescimento.” Essa é exatamente a grande expectativa que a sociedade em geral e os trabalhadores em particular têm em relação ao próximo mandato presidencial. Exauridos pela inanição da economia e frustrados por tantas oportunidades históricas desperdiçadas, os brasileiros anseiam por medidas que transformem de uma vez por todas as suas condições de vida. Combater males como o desemprego e a pobreza, a decadência dos serviços essenciais e a violência depende de desenvolvimento econômico sustentado. As medidas de assistência social, por mais corretas e necessárias que sejam, não serão a solução. Como vem sendo relatado neste espaço e nas demais páginas do JE, os engenheiros de todo o Brasil, após um longo processo de discussão, chegaram a uma proposta que acreditam capaz de colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento. A categoria defende 6% de crescimento ao ano, contando com investimentos da ordem de 25% do PIB. Em cada um dos setores essenciais da infra-estrutura nacional, são indicadas ações necessárias para dotar o País de instrumentos para prosperar dignamente. Tais sugestões estão no manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” (www.crescebrasil.com.br). A meta é perfeitamente factível. Porém, alcançá-la exigirá do Presidente determinação para implementar as medidas necessárias. Até agora os sinais emitidos por ele próprio e por membros de sua equipe indicam que se pode esperar finalmente uma mudança de rumo. O SEESP continuará sua militância para que a boa tendência anunciada se confirme. E as propostas dos engenheiros, que já foram entregues a Lula durante a campanha eleitoral, estão à disposição do governo. Falemos, portanto, de crescimento. Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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