Cartas Assédio moral |
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Após ler a reportagem “Assédio moral, a humilhação em tempos de globalização” (Jornal do Engenheiro n° 290), tomei a decisão de expor alguns detalhes da humilhação por que passei, para dar mais um exemplo dos reais comentários feitos pela Dra. Cecília Zavariz e afirmar que, nas demissões ocorridas em 1999, o “pão que o diabo amassou” não foi diferente. O mais lamentável é que até hoje o meu processo, por exemplo, continua sem julgamento final e ainda correndo o risco de “perder”, pois já foi julgado improcedente em primeira e segunda instâncias, ou se “ganhar”, quererem me pagar com óleo diesel, locomotiva podre etc. Após mais de 20 anos de trabalho árduo, dedicação exclusiva, intenção prévia de permanecer na empresa até a aposentadoria, desejo cego de que a “minha Fepasa” se transformasse num exemplo de empresa a ser seguido, vi tudo literalmente ser jogado no lixo. Os direitos obtidos pelos antigos funcionários da Fepasa, através da indenização prevista na cláusula 4.49, não foram doados “de favor”, mas cravados nos acordos de trabalho. A indenização legal é considerada alta, abusiva, absurda por quem nem sabe como se chegou a ela... Será que alguém em sã consciência pode achar que a dona empresa teria negociado algo com o intuito de beneficiar os funcionários? Será que depois de todos esses anos ainda posso esperar por justiça?
Eng. Idalina Mara Marum Zemella |
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