Editorial Segue a luta dos trabalhadores |
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Como previsto, o 1º de maio de 2007 reuniu milhões de trabalhadores em todo o País. Tradicionalmente movida pela bandeira da melhoria das condições de vida e trabalho, neste ano, a festa deu destaque a dois temas importantes. O primeiro deles representou uma novidade para o movimento sindical, que incluiu em sua agenda a questão ambiental. Desprezada no passado, diante das prioridades emergenciais como as reivindicações salariais, a questão faz parte agora também das preocupações da classe trabalhadora, cuja consciência para o assunto acertadamente acompanha tendência geral na sociedade. Obviamente, de nada servirão empregos e salários se não preservarmos o planeta e garantirmos sustentabilidade às próximas gerações. O segundo ponto a merecer atenção foi a polêmica emenda 3, objeto de queda-de-braço entre governo e oposição, entre trabalhadores e partidários da desregulamentação. Vetada pelo Presidente, a proposta injustificável pretende impedir que se coíba a prática de contratar um profissional com todas as obrigações de um empregado, contudo negando-lhe os direitos correspondentes a tal condição. A ameaça já foi objeto de críticas, manifestações, protestos e até paralisações – no caso dos funcionários do Metrô de São Paulo, a ação provocou a demissão de alguns grevistas, uma condenável medida de retaliação. Portanto, entre uma questão específica, embora fundamental, e uma difusa, de enorme importância para todos, os trabalhadores brasileiros elegeram corretamente sua pauta. Passada a festa, segue a luta. No Brasil, essa se dá também no cotidiano das reivindicações corporativas, mas sobretudo sob uma bandeira maior pela inclusão e prosperidade das maiorias. No entendimento dos engenheiros, como vimos tratando aqui neste espaço há meses, isso passa necessariamente pela volta do crescimento econômico. As oportunidades que a nossa juventude tanto anseia só virão com o desenvolvimento. A ela devemos inclusive a chance de sonhar, de não se ver sem perspectiva. Nessa trincheira da batalha, entra o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que continua a avançar, agora para que suas propostas sejam implantadas. Como mostra matéria de capa desta edição do JE, essas foram apresentadas ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, numa análise comparativa com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Vamos continuar a debatê-las com o governo e com a sociedade.
Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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