Ação Sindical

Conselhos Tecnológicos regionais começam a ser formados

Soraya Misleh

 

Com a proposta de articular e induzir a implantação do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – que reúne as contribuições da engenharia ao desenvolvimento com justiça social – nas diversas regiões do Estado, começam a se constituir os conselhos tecnológicos regionais nas 25 cidades em que o SEESP tem representação.
O pontapé inicial já foi dado em Bauru – que inaugurou em 18 de maio a série de eventos previstos no Interior com o intuito de impulsionar o processo. E até setembro estão programadas iniciativas em outras 15 localidades.
Segundo o diretor do SEESP e coordenador estadual e nacional do Conselho Tecnológico, Allen Habert, a escolha do município para puxar a fila não foi à toa. “Em 1992, tivemos o Comitê Tecnológico de Bauru, que deu muitos resultados e deixou marcas na cidade, levantando questões importantes para a região.” Em sua nova edição, o conselho local deve, conforme Luiz Roberto Pagani, presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru, caminhar no sentido de incrementar a questão da capacitação profissional e da revitalização da cidade. Além de atuar na implantação dos planos diretores e sugerir mecanismos que melhorem a situação ambiental, por exemplo.
Na região, ainda de acordo com ele, a pretensão é criar os sete comitês previstos ao funcionamento e estrutura dos conselhos tecnológicos, de modo a contemplar o Cresce Brasil: emprego e relacionamento universidade-empresa; qualificação e requalificação profissional; inovação e produtividade; urbano e da memória da engenharia e arquitetura; energia, transportes e comunicações; saneamento, meio ambiente e mudanças climáticas; e agricultura e soberania alimentar. Habert aponta que nos diversos comitês serão discutidas questões cruciais ao desenvolvimento. Entre as quais, melhorar a empregabilidade do jovem engenheiro e avançar na inovação dentro das empresas e cidades. Afora os sete comitês previstos como âncoras – cuja implantação local vai depender da vocação –, os municípios podem ampliar esse rol e incluir novas temáticas. “Em determinadas regiões, dá para criar o de ciência e tecnologia”, atesta.
Cada conselho será formado por 40 profissionais, majoritariamente da área de engenharia, mas também de outras profissões e diversos setores. “O Cresce Brasil vem mostrar como é necessário unir todas as forças produtivas do País”, salienta Habert.

As cidades
Em Mogi das Cruzes devem ser tratados pontos como meio ambiente, recursos hídricos, energia e transporte. O tema das mudanças climáticas e aquecimento global será dominante em São José dos Campos. E em Lins, o foco deve se voltar para as ferrovias, a questão fluvial e habitacional. Esse último tema possivelmente será prioritário também em Campinas, juntamente com o do biodiesel. Além disso, a questão da ciência e tecnologia não deve ficar de fora. Piracicaba é outro município que pretende retomar discussões sobre o tema e acerca do meio ambiente e etanol.
Em Barretos, a preocupação com a monocultura da cana-de-açúcar, a degradação ambiental e utilização da biomassa devem nortear os trabalhos. Agricultura será o tema preponderante também em Pindamonhangaba. Já na Baixada Santista a proposta é debater questões de desenvolvimento tecnológico da região, entre as quais o pólo siderúrgico.
O tripé energia, transportes e comunicações vai ser o tema em Jacareí, onde já está programado seminário sobre o assunto para outubro. Esses temas também estão na pauta do Grande ABC. Pólos de desenvolvimento locais, manutenção aeronáutica e logística rodoviária e ferroviária estão previstos para ser abordados no conselho tecnológico de Jundiaí.
Além dessas cidades, já estão se organizando para a implantação Taubaté, Marília, Guaratinguetá e Araçatuba. Em todas as localidades, a expectativa é de impulsionar o desenvolvimento tecnológico, mediante a instituição dos “Cresce Regionais”.

 

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