Os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) decidiram, em Assembleia Geral Extraordinária, nesta terça-feira (8/9), criar uma nova agenda de mobilização para enfrentar esse novo cenário da campanha salarial. Na última quarta-feira (2), o prefeito Fernando Haddad retirou da Câmara Municipal o projeto de lei 305/15, de sua autoria, que instituia uma carreira para engenheiros e arquitetos. O texto, bastante criticado tanto por servidores, quanto por vereadores, foi objeto de uma audiência pública, no dia 19 de agosto último, em que ficou claro que as duas categorias não estavam satisfeitas.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Da esquerda para a direira, os delegados sindicais Carlos Eduardo Lacerda; Fred Okabayashi; Sergio Souza; Deodoro Vaz; no centro o assessor Carlos Hannickel
Um projeto substitutivo está sendo preparado para ser apresentado em seu lugar. No entanto, a retirada do PL impossibilita a apresentação do substitutivo e interrompe todo o processo de negociação que estava em andamento na Câmara.
Indignados com a falta de uma definição na carreira, engenheiros prometem novas ações para reivindicar a retomada das negociações por uma proposta que valorize os profissionais que estão há mais tempo na carreira, que reponha as perdas inflacionárias que já superam os 60% - desde 2007 estão sem reajustes salariais - e dê aos iniciantes dignidade para se manter no cargo com pelo menos 8,5 salários mínimos (o piso nacional da categoria).
A assembleia ocorreu no auditório do SEESP, no início da tarde de terça. Em breve novas ações serão divulgadas.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP