Com auditório lotado, engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo, em greve desde a zero hora desta quarta-feira (14/5), se reuniram em Assembleia Geral Extraordinária, no SEESP, instantes antes de seguirem em passeata até a Câmara Municipal. De lá, eles seguem para o viaduto do Chá, em frente ao gabinete do prefeito, onde se concentrarão juntamente com as demais categorias do município que fazem ato a partir das 14h.
Durante a assembleia, os sindicatos dos engenheiros e dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp) parabenizaram a mobilização das categorias. "O movimento nasceu pequeno e vem num crescente. Agora temos até trabalhadores mais novos, contratados recentemente. Quero parabenizar a presença de todos e enfatizar que aqui é trabalho, integração e compromiso”, destacou o engenheiro Sergio Souza, delegado sindical do SEESP.
Já o presidente do Sasp, Maurílio Chiaretti, presente na assembleia, lembrou que “não é uma luta por um interesse específico da categoria, mas sim por algo maior, pelo interesse público”.
Ao final, quando os trabalhadores foram convidados a se manifestarem, o engenheiro Mário Ferreira, da Sub-Prefeitura do Ipiranga, disse que a adesão à paralisação é total em sua região e lamentou que a luta dos servidores de São Paulo não ganhe voz na grande mídia. A imprensa deveria estar aqui para nos ouvir, para dar destaque a luta dos trabalhadores”, criticou.
Em assembleia, na quarta (7/5), arquitetos e engenheiros decidiram decretar greve nesta quarta, juntamente com outros servidores públicos municipais. Entre as principais reivindicações estão: alteração da Lei Salarial 13.303/02, que permite ao Executivo não corrigir os salários, com base na inflação - a lei estabelece reajuste de 0.01%, ao ano -, além de repúdio total à proposta da prefeitura de remunerar todos os servidores a partir de um subsídio, equiparando todos em um mesmo patamar.
Deborah Moreira
Imprensa - SEESP