Cerca de 400 engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo ocuparam, na tarde desta quarta-feira (28/5), parte dos 26 andares do Edifício Martinelli, que abriga as secretarias municipais de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Planejamento, entre outros órgãos públicos para mobilizar os servidores que ainda não aderiram à greve. A categoria decidiu pela paralisação, na terça-feira (27/5), após diversas tentativas de negociação com o Executivo.
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Servidores do município em greve ocupam andares do Edifício Martinelli, no Centro de São Paulo
A ação durou cerca de duas horas e começou às 14h30, no terraço do edifício, no 26º andar, com uma reunião para organização. Depois, com apitos e palavras de ordem que pediam para que os colegas parassem de trabalhar, o grupo entrou em todas as salas do prédio, ocupando os andares até o 17º, onde há departamentos de engenheiros e arquitetos . A movimentação foi retomada seis andares abaixo onde mais trabalhadores da categoria foram surpreendidos com a ação e muitos deles aderiram à paralisação após serem orientados e esclarecidos.
“Fiquem tranqüilos e a vontade para aderir. Já tivemos uma conversa com representantes da prefeitura que nós disseram que os dias parados não serão descontados mas sim compensados”, explicou Carlos Hannickel, representante do SEESP.
Também estavam presentes o delegado sindical do SEESP, Sérgio delegado sindical do SEESP na Prefeitura Municipal de S. Paulo (PMSP) e o presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp), Maurílio Chiaretti.
No início da tarde de terça, o grupo realizou uma assembleia na sede do SEESP e, em seguida, se dirigiram à Câmara Municipal, onde foram recebidos na reunião do colégio de líderes que ocorreu às 14h.
O presidente da Casa, José Américo (PT), e vereadores ouviram os presidentes das entidades representativas, Murilo Pinheiro, do SEESP, que também presidente a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), e Maurílio Chiaretti, Sasp. Pinheiro, enfatizou a importância da mobilização e de assegurar o pagamento do piso salarial do engenheiro, conforme promessa de campanha da atual gestão.
Entre as principais reivindicações dos servidores estão nova lei salarial que possibilite o reajuste dos salários dos servidores e a recomposição da inflação do período, desde 2007, que é de 40%; cumprimento da cláusula do acordo de 2013 sobre o plano de carreira e adoção do piso do engenheiro, de 8,5 salários mínimos. Já a prefeitura oferece o pagamento por subsídio e reajuste de 30% para engenheiros e arquitetos a partir de 2017 e somente para os engenheiros em início de carreira.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP