Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo em greve, desde a terça-feira (27/5), voltam a se reunir no final da manhã desta segunda-feira (2), no auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), para definir as próximas ações de mobilização das categorias.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Assembleia de engenheiros e arquitetos na sexta-feira (30/5) decide manter greve
Os servidores reivindicam mudança na lei salarial 13.303/02, que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01% e está em discordância com o artigo 92 da Lei Orgânica do Município, que assegura proteção da remuneração contra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso. As perdas chegam a 49,46% (INPC IBGE) desde maio de 2007, data da última reestruturação.,46%, segundo o INPC/IBGE.
Com o auditório lotado, com cerca de 500 trabalhadores, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), engenheiros e arquitetos decidiram, em assembleia, manter a greve na Prefeitura de São Paulo, no início da tarde de sexta-feira (30).
De acordo com balanço parcial do SEESP e do Sindicato dos Arquitetos no Estado de S. Paulo (Sasp), estão com atividades paralisadas nos setores de engenharia e arquitetura: 40% das subprefeituras, como Vila Mariana e Parelheiros; 100% Secretaria de Segurança Urbana; 90% da Secretaria de Licenciamento e demais secretarias localizadas no Edifício Martinelli; 80% das secretarias localizadas na Galeria Olido como Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras e Secretaria da Cultura. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente também está com atividade paralisada parcialmente.
Até o momento, o Executivo não sinalizou que irá retomar as negociações. As categorias, juntas, pretendem realizar novas ações para pressionar a administração pública. Em resposta às declarações do prefeito Fernando Haddad, aos jornais da mídia hegemônica, de que as greves em curso são oportunistas, por conta da realização da Copa do Mundo em junho, os trabalhadores lembram que a luta ocorre há muitos anos.
A paralisação só foi deflagrada após diversas rodadas de negociação com representantes da prefeitura, que não avançaram. O Executivo propôs remuneração a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições e transforma todos os profissionais em analistas.
Imprensa SEESP