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25/02/2015

Opinião - Salário igual

Para todos aqueles no movimento sindical que se preocupam pelas questões de gênero – e não apenas as mulheres – o jornal O Globo publicou, nesta terça-feira (24/2), uma matéria de Eduardo Vanini e Antônio Gois, cujo título “Salários desiguais” informa que os homens ganham, em média, mais que as mulheres em quase todas as ocupações no Brasil. O mesmo trabalho é remunerado de maneira diferente sendo executado por homens ou mulheres e elas sistematicamente perdem na comparação. Já sabíamos isto.

Mas, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, os jornalistas tabularam para inúmeras profissões a porcentagem das mulheres ocupadas e quanto a mais ganham os homens. E isto é uma novidade.

Há casos escabrosos: embora as mulheres sejam a metade dos trabalhadores na pecuária, os homens ganham 316% a mais; nas desenhistas industriais, as mulheres são 72% dos profissionais e os homens ganham 100% a mais; entre as agentes de saúde e do meio ambiente, as mulheres são 70% da mão de obra e os homens ganham 60% a mais.

Em duas profissões universitárias (advogados e médicos) as mulheres são quase metade, mas recebem de 20% a 30% menos que os homens.

Pela listagem editada, as mulheres, mesmo sendo maioria (e talvez por causa disso) entre desenhistas industriais, agentes de saúde e do meio ambiente, supervisoras de serviços administrativos, vendedoras e demonstradoras de loja, garçons e copeiras, escriturárias de contabilidade, profissionais de marketing e publicidade, caixas e bilheteiras (exceto caixas de banco), escriturárias, professoras de ensino superior, técnicas e auxiliares de enfermagem, trabalhadoras na manutenção de edifícios, professoras do ensino médio com formação superior, recepcionistas, costureiras, trabalhadoras no serviço de higiene e embelezamento, professoras de cursos fundamentais e domésticas ganham sempre menos que os homens. Apenas as produtoras agrícolas e as professoras de escolas livres ganham mais que os homens; as produtoras agrícolas são minoria e as professoras de escolas livres são quase 60% do contingente.

Cabe ao conjunto do movimento sindical enfrentar essa discriminação fazendo valer o lema “trabalho igual salário igual” em cada uma das profissões exercidas pelos trabalhadores e trabalhadoras.



* João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical









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