PLANO DE TRANSPORTES | |
Atualmente, a população metropolitana enfrenta situações caóticas de trânsito e transporte. E, se nada for feito, de 1998 a 2020, as viagens por automóveis crescerão 80%. Conseqüentemente, aumentará o tempo gasto nos percursos diários em 45% nos transportes coletivos e 60% nos individuais. Com o objetivo de reverter o quadro e evitar a concretização desse prognóstico, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos tomou a iniciativa de desenvolver o Pitu 2020 (Plano Integrado de Transportes Urbanos). Apresentado aos engenheiros pelo secretário Cláudio de Senna Frederico em 6 de outubro último, na sede do SEESP, consiste em um processo contínuo de planejamento de transportes, incluindo os projetos dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Entre as suas principais propostas, está ter uma rede de transportes sobre trilhos com 446km de extensão em 2020, contemplando a construção de mais 172km de metrô e 95km de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), além da revitalização e conversão de 100km do leito ferroviário em metrô, resultando em 367km de linhas que se somarão aos 79km existentes, a um custo médio de R$ 1 bilhão por ano. Para Senna, o ponto mais importante do Pitu 2020 é testar hipóteses macro de investimento de metrô. De acordo com a proposta, haverá linhas chegando aos municípios de Itapecerica, Taboão da Serra, Cotia, Carapicuiba, Osasco, Alphaville, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Poá, São Caetano do Sul, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Ribeirão Pires. Conforme informou Paulo Goldschmidt, presidente do Metrô, as extensões feitas recentemente – Norte, Oeste e Leste – integram o Pitu 2020, bem como as obras em fase de conclusão. "É um plano ambicioso, uma diretriz do que deve ser essa metrópole nos próximos 20 anos. O objetivo é fazer com que 65% dos transportes sejam sobre trilhos e 35% sobre pneus", afirmou. Sistema sobre pneus Esse também é contemplado no Pitu 2020, com as seguintes propostas: reforço e padronização do sistema da Região Metropolitana e criação de anéis periféricos no município de São Paulo, à ampliação da infra-estrutura viária; e implantação dos corredores troncais e serviços especiais de ônibus, bem como do VLP (Veículo Leve sobre Pneus). As propostas serão testadas antes da implementação, a partir de cenários criados para o futuro, considerando como hipóteses o pleno desenvolvimento, o crescimento moderado e a estagnação econômica. Vale ressaltar que, por ser um projeto para os próximos 20 anos, sua continuidade dependerá do entrosamento entre os vários níveis de governo e empenho das futuras administrações na obtenção dos recursos, considerados viáveis pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
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