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Demissões na Cosipa

Após a privatização dessa empresa, os novos administradores estão adotando o chamado "Plano de Demissão Incentivada", um termo mais ameno para se promover o corte de funcionários. Inicialmente, o alvo foram em especial os pré-aposentáveis, que representam 75% dos dispensados, num total de 1.326. Desses, 47 são engenheiros. O SEESP e outras entidades dos trabalhadores já fizeram diversas gestões junto a parlamentares e representantes do Governo do Estado para reverter o quadro, sem sucesso. Em reunião entre os seus dirigentes e o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Flávio Fava de Moraes, esse reconheceu que, em função da importância daquela companhia para a região em termos de geração de empregos e recursos, o Estado deveria ter políticas de incentivo para impedir seu desmantelamento, e assegurou que, nesse sentido, fará o que estiver ao seu alcance.

Já o secretário das Relações do Trabalho, José Luiz Ricca, em encontro com os dirigentes da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista e de outras entidades, afirmou não ter instrumentos para interferir na questão do programa de demissões, devido à Cosipa estar agora sob o comando da inicia tiva privada. O Sindicato entrou na Justiça visando assegurar a isenção de tributação sobre verbas rescisórias aos associados que aderiram ao plano.

Empossados conselheiros do CargoInvest

No dia 3 deste mês, os 30 titulares e os 26 suplentes do Conselho Deliberativo do Clube de Investimentos dos Empregados da Malha Paulista da Rede Ferroviária Federal, agora privatizada, foram empossados durante solenidade no auditório do SEESP. Eleitos diretamente em processo que não ensejou quaisquer questionamentos, eles deverão agora redigir seu Regimento Interno. É sua atribuição também escolher o presidente e os seis diretores responsáveis pelo gerenciamento do Clube, o qual terá a possibilidade de administrar o equivalente a 10% do capital da empresa, caso integre 10% das ações, conforme edital do BNDES. Nesse caso, há a possibilidade do Clube indicar um dos seus membros ao Conselho de Administração da companhia.

Definido orçamento para 1999

Reunidos em Assembléia no dia 27 de novembro último, os diretores do Sindicato aprovaram o orçamento do SEESP para 1999, após debaterem e analisarem as propostas apresentadas. A projeção divulgada na edição anterior do Jornal do Engenheiro (nº 131) foi acatada, considerando a realidade do País e a manutenção da estrutura da entidade, necessária ao bom atendimento dos associados. Assim, ficou estabelecido o teto de 10% para a contribuição assistencial e o valor de R$ 39 a ser impresso nas guias da sindical. Ainda conforme definido na ocasião, a anuidade para 1999 permanecerá igual à cobrada atualmente – R$ 135 à vista para sócios novos ou em dia, caso seja paga até o próximo dia 30, e R$ 140 depois dessa data.

Campanha salarial

Com a privatização no setor de telecomunicações e conseqüente divisão das companhias, as dificuldades encontradas nessas campanhas salariais são ainda maiores. Algumas empresas, como BCP e Tess, recusaram-se a negociar, não restando outra alternativa ao SEESP senão instaurar dissídio coletivo. Já a Telesp e Telesp Celular, após exaustivas conversações, culminando com a realização de mesas-redondas e protesto formal por parte do representante da categoria, garantiram a data-base aos engenheiros (1º de dezembro) e decidiram indicar comissão para a negociação. A primeira reunião entre a Telesp e o Sindicato estava agendada para o dia 15 último. O impasse continua na CTBC, que, por sua vez, demonstrou a possibilidade desse ser resolvido sem interferência da Justiça, e solicitou prazo até o próximo dia 16 para dar resposta. Enquanto era aguardado tal posicionamento, essa companhia e a Telesp resolveram implantar "Plano de Demissão Incentivada", dispensando 2.300 funcionários, dos quais aproximadamente 90 são engenheiros.

SEESP cobra atuação de Comissão

Preocupado com a preservação do corpo técnico das recém-privatizadas empresas de energia elétrica, como forma de se garantir a qualidade dos serviços prestados, os diretores do SEESP, Velfrides Barreto e Evando Reis, reuniram-se com o assistente do comissário geral da Comissão de Serviços Públicos de Energia, Fernando Amaral de Almeida Prado, para cobrar a atuação desse órgão. "Nossa linha de ação baseia-se em avaliar os resultados, e não interferir na gestão. Para a fiscalização, dispomos de quatro instrumentos, incluindo a comparação dos indicadores com os padrões de desempenho exigidos, checando as informações fornecidas mensalmente pelas concessionárias", explicou Prado. Além disso, conforme complementou ele, abrange auditorias em todas as empresas – Bandeirante, Metropolitana e CPFL –, que serão concluídas ainda neste mês, e a ouvidoria, para atendimento às reclamações da população quando essa tiver acionado a concessionária, sem, contudo, ver resolvido seu problema, através do telefone 0800-555591. E, por último, a realização de uma pesquisa de satisfação do consumidor de energia em relação aos serviços prestados, que passará a ser feita a partir de 1999.

Na opinião de Barreto, a Comissão deveria ser mais firme no exercício da fiscalização. "Os órgãos que atuam nesse sentido não têm a confiança e o respeito da população, nem dos empresários. Nossa preocupação é que isso não aconteça no caso específico. Queremos que a Comissão funcione, desejamos seu fortalecimento, porque a questão da energia elétrica é muito importante, senão corre-se o risco da população ficar no escuro."

Posses nas Delegacias Sindicais

Em 24 de novembro último, ocorreu a solenidade de posse da diretoria da Delegacia Sindical do SEESP em Presidente Prudente, no Tênis Clube da cidade. Diversas personalidades estiveram presentes, incluindo prefeitos de municípios da região, presidentes de entidades e professores da Unesp local. À frente da subsede pela terceira gestão consecutiva, Emerson Sampieri Burneiko afirmou que, para os próximos anos, a nova administração buscará enfrentar os desafios impostos pela realidade do País, bem como se ajustar ao novo contexto que se apresenta no mundo do trabalho. O presidente estadual do SEESP, Paulo Tromboni de Souza Nascimento, também prestigiou o acontecimento.

E estava marcada para o dia 16 último a cerimônia de posse da diretoria da Delegacia Sindical em Botucatu, no Primar Plaza Hotel. Para a gestão 1998-2001, seu presidente é Nivaldo José Cruz. Segundo informou ele, integram o programa de trabalho dessa gestão realizar campanha de sindicalização e estabelecer parcerias junto à Unesp na cidade, visando os interesses da categoria. Nesse caso, ele destacou a defesa do agrobusiness, envolvendo não apenas os engenheiros, mas todos os profissionais da cadeia produtiva, pois, além de gerar empregos, será importante no superávit da balança comercial brasileira, e garantirá parte do equilíbrio social do País.

Cresce luta por maturidade na Sabesp

Os concursados entre 1994 e 1997 – 183 engenheiros no total –, vêm ampliando a luta pelo reconhecimento da maturidade, inserida no Plano de Cargos e Salários da Sabesp e garantida aos profissionais que ingressaram antes daquele período na companhia. Eles estão se reunindo periodicamente no SEESP para discutir o assunto e assegurar, dessa forma, isonomia quanto à questão.

Com esse objetivo, foi realizado encontro no dia 24 de novembro último, definindo três comissões: a de Estudos, que fará um dossiê detalhado dos diferentes casos existentes; a de Divulgação, incumbida de elaborar um boletim específico e sistemático para esclarecer toda a categoria na Sabesp; e a de Mobilização e Organização, responsável por atuar de forma a engajar todos os engenheiros nessa situação na luta e articular-se com outras entidades, em especial o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente).

Realizou-se nova reunião neste mês, na qual foi debatido o rumo do movimento e entregue ao jurídico o dossiê preparado pela Comissão de Estudos para dar sustentação legal à ação sindical.

 

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