EDITORIAL


Vamos fazer o Crea-SP funcionar

Atento às demandas observadas nas manifestações advindas de amplos setores da categoria, o SEESP decidiu-se pelo apoio à candidatura do engenheiro Esdras Magalhães dos Santos Filho à Presidência do Crea-SP.

O SEESP tem preocupações amadurecidas nos Congressos Distritais, nas eleições para conselheiros ao Confea, vice-presidente do Crea-SP e às suas Câmaras Técnicas de Civil, Elétrica e Mecânica, as quais conduzem, basicamente, para uma entidade que cumpra suas finalidades de fiscalizar o exercício profissional e, com isso, propiciar oportunidades de trabalho e renda para os engenheiros.

A candidatura de Esdras Magalhães dos Santos Filho vem nesse sentido, e por isso conta com o nosso apoio, por reunir a experiência, a competência e a legitimidade necessárias para levar o funcionamento do Crea-SP ao patamar das expectativas dos profissionais de nosso Estado, bem como tem o compromisso assumido de democratizá-lo e levá-lo a cumprir suas funções legais.

É fundamental o envolvimento dos engenheiros nesse processo, ao qual conclamamos os companheiros para, juntos, operarmos as transformações e fazer o Crea-SP funcionar.

Invasão estrangeira

Aliás, o tema da regulação e fiscalização do trabalho dos engenheiros vem oportunamente, com a verificada invasão do mercado por profissionais estrangeiros.

É claro que o SEESP não guarda posição xenófoba. Contudo, é inconcebível a presença de estrangeiros em um mercado que apresenta 25% de decréscimo de postos formais para engenheiros nos últimos dez anos, sobretudo em áreas onde a competência técnica dos brasileiros, quando não supera, nada deixa a desejar à de outras origens. Uma das formas de se combater essa prática é através de uma atuação firme do Crea no cumprimento do seu papel, fiscalizando rigorosamente cargos e funções técnicas para coibir o exercício profissional ilegal, freqüentemente recôndito atrás de denominações anódinas, que escondem a verdadeira natureza das atividades realizadas.

Periculosidade

Com relação a esse tema, tão polêmico e de interesse dos engenheiros, surgiu uma luz para encaminhá-lo de uma maneira mais positiva. Em recente mesa-redonda na DRT (Delegacia Regional do Trabalho), foi possível um acordo com a EMAE e EPTE para resolver o problema, cabendo ressaltar, no contexto, a excelente posição mediadora da DRT, que permitiu um avanço até então jamais alcançado. Pelo acordo, empresas e sindicatos elaboram laudos sobre periculosidade e elegem a DRT como árbitro final de suas divergências.

 

Eng. Paulo Tromboni de Souza Nascimento
Presidente  

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