PONTO A PONTO


Privatização da Cesp em debate

Em audiência pública realizada no dia 14 de maio último, em Bauru, interior de São Paulo, foi discutida a privatização da Cesp. A iniciativa partiu de um grupo de parlamentares, os quais chegaram à conclusão que, da forma como está colocado, o processo de desestatização não obriga as empresas que assumirão os serviços a aplicar recursos na ampliação da oferta de energia para atender a uma demanda crescente, da ordem de 5% ao ano. Além disso, não existe um órgão regulador e definições sobre o uso múltiplo das águas. Estiveram presentes prefeitos da região, vereadores, deputados, representantes do Ministério Público, de entidades não-governamentais e lideranças sindicais locais. Pelo SEESP, participaram o presidente da Delegacia de Bauru, Paulo Eduardo de Grava, e os diretores Alberto Pereira Luz e Carlos Augusto Ramos Kirchner. No ensejo, ficou demonstrada a preocupação em ampliar o debate sobre a privatização, a qual somente deve ser feita, na opinião unânime dos presentes, após discussão com os diversos setores da sociedade e o esclarecimento dos pontos obscuros acerca da questão, de modo que seja assegurada política tarifária, qualidade e universalidade dos serviços.

SEESP discute reconhecimento profissional

Em reunião realizada no dia 30 de abril último, na sede do SEESP, entre coordenadores das comissões de concursados da Sabesp e dirigentes do Sindicato, foi reiterado o anseio de todos os engenheiros concursados pelo reconhecimento da experiência profissional específica, anterior ao ingresso na empresa, para fins de Plano de Carreira. Na ocasião, Paulo Tromboni Nascimento, presidente do SEESP, informou que o assunto será levado à mesa de negociações com a companhia. Ainda na oportunidade, foram apresentadas duas moções de apoio ao reconhecimento, uma dos funcionários da Sabesp e outra de todas as entidades que os representam.

Diretores do SEESP na Fundação das energéticas

Como resultado de negociação entre as entidades dos trabalhadores que atuam nas empresas Elektro, Cesp, CPFL, Eletropaulo, EBE, Emae, EPTE e a Associação dos Aposentados, foram indicados os representantes dos funcionários dessas no Conselho de Curadores da Fundação Cesp. Os nomes de três diretores do SEESP integram essa composição: Velfrides Barreto (EPTE e Emae) e Rubens Lansac Patrão, da Delegacia Sindical em Campinas (CPFL), como suplentes, e Fernando Palmezan Neto (Elektro), na posição de titular.

A Fundação Cesp tem por finalidade a concessão de benefícios complementares aos da previdência aos seus associados. Com um ativo de R$ 5,5 bilhões, é uma das primeiras fundações privadas do País em termos patrimoniais. O Conselho de Curadores é responsável pela sua orientação administrativa. De acordo com Barreto, dada a abrangência de suas atribuições, é fundamental haver, entre os membros, representantes dos empregados, de modo que os trabalhadores participem das decisões acerca do seu futuro.


Repúdio à privatização do saneamento é demonstrado em congresso

Aconteceu entre 24 e 28 de maio último, na cidade do Rio de Janeiro, o 20º Congresso da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). Na abertura dos trabalhos, estiveram presentes o governador do Estado, Mário Covas, e o prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Na oportunidade, verificou-se o repúdio à política do governo federal de privatização do saneamento. O SEESP lançou um manifesto em prol do setor e conseguiu a aprovação de duas moções contrárias à desestatização.

Com o tema "Privatização: é esse o caminho", o Painel III contou com cerca de 800 participantes e a presença de Sérgio Cutolo, ex-ministro da Previdência Social e atual secretário de Desenvolvimento Urbano. Responsável pelo programa de privatização do saneamento, ele, ao ser pressionado, declarou ser contrário à desestatização do setor, opondo-se ao que vinha afirmando em diversas conferências. Nos demais painéis, predominaram os assuntos técnicos.

 

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