CAMPANHA SALARIAL 1999/2000 


Seesp assina convenção com a Fiesp e empresas endurecem na negociação

Engenheiros da indústria já têm acordo assinado. Contudo, intransigência tem sido a marca das empresas em que atuam profissionais com data-base em maio e junho.


A Campanha Salarial 1999/2000 tem sido marcada pela luta da manutenção das conquistas dos acordos anteriores e a intransigência das empresas em negociar. A primeira convenção coletiva para os engenheiros com data-base em 1º de maio foi assinada com a Fiesp, no dia 31 último. Também deve haver acordo em breve no setor da Construção Civil. Acompanhe, abaixo, o andamento das campanhas.

Convenção assinada — Os engenheiros da indústria e do comércio já têm convenção firmada desde o dia 31 de maio último, quando a norma foi assinada entre SEESP e Fiesp e Fcesp. Foram mantidas as cláusulas anteriores e garantidos 11 dias anuais para reciclagem profissional. A campanha junto ao Sinduscon e Sinicesp, que envolve a parcela da categoria que atua na construção civil, também deve se encerrar com acordo que assegure a manutenção das conquistas anteriores.

Consultoria — Houve avanços nas negociações junto ao Sinaenco, que propôs 4% de reajuste para os engenheiros da consultoria. Contudo, não concedeu qualquer aumento aos recém-formados, que ficariam com o piso salarial de R$ 1.300,00, o que não foi aceito pelo SEESP e Sindicato dos Agentes Autônomos Administrativos.

Cetesb — Dificuldades nas negociações levaram a categoria a marcar greve para 18 de maio último, suspensa em assembléia no dia anterior, frente ao compromisso da Cetesb de garantir a manutenção do acordo existente até que a nova norma coletiva passe a vigorar.

Participação nos Lucros

No dia 24 último, os engenheiros da Telefónica aprovaram em assembléia proposta da empresa sobre a participação nos lucros. Assim, no dia 31 de maio, receberam a remuneração individual de dezembro de 1998, mais 5% do salário-base do mesmo mês.


Metrô — Nas negociações, o Metrô vem manifestando a intenção de retirar uma série de benefícios e não conceder reajuste salarial. Esse fato levou o SEESP a instaurar dissídio coletivo contra a empresa. Na primeira audiência de conciliação, em 27 de maio, o TRT estabeleceu 3,88% de reajuste salarial e a manutenção das cláusulas do acordo vigente. O julgamento do processo referente à PLR estava marcado para 7 de junho.

Sabesp — O SEESP acionou o TRT para assegurar o cumprimento das cláusulas do acordo vigente até que nova norma coletiva seja celebrada. No dia 21 de maio, a recusa da Sabesp em negociar levou o Sindicato a instaurar dissídio coletivo junto ao Tribunal. Em 26 de maio, a Sabesp foi chamada pela DRT (Delegacia Regional do Trabalho) à mesa de negociação, mas não alterou sua postura. A audiência de instrução e conciliação no TRT será dia 24 de junho.

CDHU — A postura é manter o acordo vigente, exceto o percentual acrescido às horas extras, que passaria a 50%. Continuam as negociações e o SEESP aguarda avanço quanto ao reajuste salarial, que tem sido negado.

Dersa — No dia 1º de junho, engenheiros e demais funcionários, em assembléias, decretaram greve a partir de 0h do dia 9 deste mês. A deliberação deve-se à decisão da empresa de reduzir benefícios conquistados e retirar a cláusula sobre manutenção do nível de emprego do acordo vigente.

Cosipa — Foi garantida a data-base dos engenheiros e a prorrogação do Acordo Coletivo vigente enquanto se resolve a questão da quinta letra, referente a um dos turnos de trabalho. É aguardado o início da negociação, na qual será defendida estabilidade no emprego.

Ferroban — O SEESP está solicitando prorrogação do Contrato Coletivo de Trabalho dos engenheiros da Ferroban. Em reunião realizar-se na sede do SEESP com os demais sindicatos ferroviários, serão definidas datas de assembléias para discutir e votar a proposta global da empresa.


Data-base em 1º de junho

EPTE e Emae — As reivindicações foram encaminhadas às empresas e o SEESP espera agendamento da primeira reunião de negociação. Outro assunto de interesse em discussão é a periculosidade. Por solicitação do SEESP, no dia 31 último, em mesa-redonda na DRT, os representantes das companhias concordaram com a nomeação de peritos para elaboração de laudo sobre a aplicação do adicional de periculosidade. O cronograma das visitas aos locais de trabalho será definido em 18 de junho, em negociação na DRT.

Cesp e ElektroTiveram início as negociações, após o SEESP ter encaminhado às empresas as pautas de reivindicações aprovadas em assembléias. Ambas garantiram a data-base. Contudo, a proposta encaminhada pela Cesp não foi aceita pelos sindicatos. A reunião seguinte estava agendada para 9 de junho. Em 1º de junho, houve uma reunião de negociação com a Elektro.

CPFL — Durante a segunda rodada de negociações, dia 25 de maio último, a empresa propôs excluir conquistas históricas dos empregados, o que foi rejeitado pelos sindicatos, entre eles o SEESP. Entre as reivindicações, estão planejamento de pessoal, política de emprego, benefícios e vantagens salariais. Nova reunião estava marcada para 2 de junho.

Codesp — O SEESP aguarda ofício da empresa garantindo a data-base e a prorrogação do acordo atual até que saia o novo. Entre as reivindicações encaminhadas às companhias, estão estabilidade no emprego e manutenção das conquistas anteriores.

Bancos — Como o sindicato patronal dos bancos não se manifestou quanto às reivindicações dos engenheiros do setor, o SEESP entrou com protesto junto ao TRT para manutenção da data-base. E, caso não haja pronunciamento até o dia 1º de julho, ingressará com dissídio coletivo.

 

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