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       A
      expectativa é visitar 150 municípios até as eleições marcadas para 10
      de novembro, visando um contato direto com os profissionais representados
      pelo Conselho. Falta
      de fiscalização e inoperância continuam sendo as críticas mais
      apontadas pelos profissionais vinculados ao Crea-SP na Capital e no
      interior do Estado. Isso demonstra, cada vez mais, um descontentamento
      generalizado que reforça os argumentos colocados por Esdras Magalhães
      dos Santos Filho, candidato à presidência do conselho nas próximas eleições.
      Nos encontros realizados nos últimos 60 dias, Esdras tem apresentado seu
      programa de trabalho, discutido os problemas existentes e recebido sugestões.
      Até agora, foram visitados 65 municípios do interior do Estado, além da
      Capital, onde o candidato foi acolhido com manifestações de apoio. A idéia
      é visitar outros 85 até as eleições, marcadas para 10 de novembro. Uma
      das falhas foi identificada no Município de Jaú, onde, segundo o
      arquiteto Marcos Antônio Martines Fernandes, conselheiro da Associação
      dos Engenheiros e Arquitetos da cidade, para cada cinco obras, quatro são
      irregulares. Isso significa prejuízo para os profissionais que estão
      perdendo oportunidades reais de trabalho e para a sociedade que não está
      tendo bons serviços prestados, já que nem sequer a planta — projeto
      arquitetônico e os cálculos das instalações — foi feita por
      profissional habilitado. Isso mostra uma situação corriqueira: existe
      campo de trabalho, mas o profissional regulamentado não o está
      ocupando.    Inspeção
      veicular A
      ITV (Inspeção Técnica Veicular) foi outra questão levantada por
      profissionais da Delegacia Sindical do SEESP no ABC. Com as novas
      perspectivas na área tecnológica, tudo indica que a ITV 
      breve será uma realidade no País e, particularmente, no Estado de
      São Paulo. Mas há esperança de que o assunto seja tratado a contento na
      área da administração pública específica, porque no Denatran
      (Departamento Nacional de Trânsito), órgão executivo do Contran, o
      diretor recém-empossado, Jurandir Fernandes, é engenheiro da área de Trânsito,
      Transporte e Planejamento Viário e secretário de Transportes do Município
      de Campinas, onde implantou o Sistema Viário Modelo. O Brasil tem uma
      frota aproximada de 25 milhões de veículos, metade no Estado de São
      Paulo. A ITV proporcionará aproximadamente de 10 a 15 mil empregos
      diretos e 70 mil indiretos em todo o Estado. Na área da inspeção, cuja
      atuação é exclusiva dos engenheiros e técnicos devidamente
      qualificados e registrados no Crea, esses profissionais terão um papel
      essencial, pois a qualidade de segurança da frota, do ponto de vista da
      responsabilidade civil e criminal, dependerá da competência 
      e do registro deles.  A
      emissão indevida dos atestados e laudos emitidos por leigos deve ser
      coibida pela atuação dos Creas dos respectivos estados, particularmente
      o de São Paulo. Contudo, embora a ITV tenha sido instituída há quatro
      anos, pela Resolução 809/95, do então Contran (Conselho Nacional de Trânsito),
      o Crea-SP até hoje não se manifestou em defesa dessa nova profissão que
      está vindo para ficar. Há 20 anos, o País está apresentando estatísticas
      aterrorizantes: cerca de 50 mil mortes e mais 350 mil acidentados no trânsito
      (para se ter uma idéia, na Guerra do Vietnã morreram 35 mil). 
      O prejuízo para o Estado de São Paulo é de aproximadamente R$ 2
      bi. Sem dúvida, o engenheiro e o técnico, atuando dentro do sistema da
      ITV, atingirão de frente as causas desse grave problema, de forma
      preventiva e competente.   Anseio
      por mudanças Os
      profissionais esperam mudanças. Esdras pretende fazê-las com a participação
      de todos e continuará incorporando sugestões ao seu programa. Entre as
      alterações, propõe descentralizar o conselho dando autonomia
      financeira, administrativa e política para as inspetorias e defende a
      fiscalização dos cargos e funções 
      técnicas para que sejam ocupados por profissionais habilitados,
      com registro no Crea; o recolhimento da ART (Anotação de
      Responsabilidade Técnica) e, conseqüentemente, o CAT (Certificado de
      Acervo Técnico). Uma medida que visa conter a invasão de profissionais
      estrangeiros no Brasil, principalmente nas empresas desestatizadas.  | 
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