SEESP COMEMORA 65 ANOS DE LUTA  | 
  
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      SEESP completou, em 21 de setembro último, 65 anos de vida. Os
      engenheiros tiveram oportunidade de comemorar esse feito numa festa
      realizada no dia 1º de outubro no Esporte Clube Sírio, na Capital. Além
      de cerca de 1.500 associados, a festa contou com a presença de
      autoridades como o senador Eduardo Suplicy, os deputados Robson Tuma, Evilásio
      Farias, Alberto Calvo, Rodolfo Costa e Silva e Nivaldo Santana, o
      presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Jorge Gomes e o
      delegado Regional do Trabalho, Antônio Funari Filho. O Engº Mário João
      Nigro, filiado ao Sindicato desde 1946 — o mais antigo ainda ativo —
      recebeu das mãos do presidente da entidade, Paulo Tromboni Nascimento,
      uma placa em homenagem à sua história de vida. Com
      grande alegria fui a esse importante evento para todos os engenheiros de São
      Paulo, acompanhada de meus filhos, um dos quais estudante de Engenharia. A
      ele garanti: “Pode ser que eu não veja o centenário do SEESP, mas você
      com certeza terá essa oportunidade.” O que me dá 
      segurança para fazer tal afirmação, apesar de tantas mudanças
      propostas para as relações de trabalho e ameaças de destruição da
      estrutura sindical, é refletir sobre o passado.  Este
      sindicato nasceu para que os engenheiros da época pudessem ter uma
      representação na Constituinte de 1934, motivo, portanto, essencialmente
      político. Os engenheiros na década de 30 representavam a elite econômica
      do País e a entidade nasceu conforme os seus anseios e necessidades. A
      partir da década de 70, esse quadro mudou com o aumento substancial do
      número de profissionais, agora empregados, muitos deles nas estatais de
      serviços essenciais. Diferentemente do que se poderia imaginar, o Sindicato
      não morreu; pelo contrário, reafirmou-se, transformando-se numa
      entidade ainda mais forte. Tal
      movimento ao encontro da realidade da categoria tem sido feito contínua e
      naturalmente. O processo de interiorização do SEESP — hoje são 25
      delegacias distribuídas pelo Estado — acompanhou a industrialização,
      que nos últimos anos migrou da Grande São Paulo para outras cidades.
      Esse processo tem se dado sem que sejam esquecidas as questões relevantes
      da  vida nacional, como as
      campanhas pela Anistia,  Diretas-Já, da Constituinte de 1988, pelo impeachment de
      Fernando Collor e da Lei das Patentes, entre outros. É admirável como,
      nos momentos decisivos, os militantes surgem, garantindo que a nossa
      mobilização tenha êxito. E o segredo disso é que o Sindicato é a casa
      de todos os engenheiros. Por
      tudo isso, tenho certeza que meu filho participará da comemoração do
      centenário do SEESP. Estou convicta de 
      que a categoria tem competência e vontade para conduzi-lo com
      sucesso no século XXI.   Engª
      Maria Célia Ribeiro Sapucahy  |