|
Qual o mais importante recurso
da economia moderna? Todos sabem a resposta: o conhecimento. Não apenas o
conhecimento inerte, sob a forma de publicações em uma biblioteca. Mas o
conhecimento apreendido por pessoas instruídas que o aplicam nas mais
diversas esferas da atividade econômica.
Pois é. Dia 14 de dezembro, na Folha de São Paulo, análise
conduzida pelo economista Márcio Pochmann, da Unicamp, constatou que o
maior crescimento do desemprego nos últimos dez anos está entre os
detentores de oito ou mais anos de escolaridade, os técnicos e
universitários, entre os quais destacam-se os engenheiros. Apoiado em
dados do IBGE, o professor Pochmann verificou 620% de crescimento no
desemprego entre pessoas instruídas contra uma média geral de 280%. É
entre os instruídos que se apresentam as maiores taxas de desemprego!
No mesmo jornal, Benjamin Steinbruch constata ser muito difícil recuperar
os preços ou ampliar o volume das commodities que o Brasil
exporta. Essa é uma velha história. As commodities são
mercadorias de segunda classe no mercado mundial.
Em outubro, a Embraer ultrapassou a Vale do Rio Doce, tornando-se a maior
exportadora do País. O porquê é simples. O mercado mundial valoriza
muito mais os produtos de alto valor agregado: do café solúvel ao
microprocessador. Conhecimento embutido em marcas mundialmente
reconhecidas, e não volume, são a chave do acesso privilegiado ao
mercado mundial.
O mesmo jornal mostra o Brasil como o 105° país do mundo em mortalidade
infantil. Para o Século XXI, se quisermos deixar para trás o
subdesenvolvimento social, o caminho passa por mais oportunidades de
emprego para engenheiros. Tudo ao contrário desta última década,
marcada pela alta taxa de desemprego de recursos humanos qualificados.
Prêmio Personalidade da Tecnologia 1999
Esse, aliás, é o sentido do Prêmio Personalidade da Tecnologia,
oferecido todos os anos em comemoração ao Dia do Engenheiro, 11 de
dezembro. Em 1999, além da Valorização Profissional, concedida
anualmente, o SEESP escolheu premiar profissionais de alto gabarito nas
áreas de Biotecnologia, Educação e Pesquisa, Engenharia de Trânsito,
Informática e Recursos Hídricos, mostrando justamente o potencial do
desenvolvimento e aplicação da tecnologia para produzir riqueza e
bem-estar social em nosso País.
Pitta ameaça o saneamento
Em Paranaguá, privatizou-se o saneamento básico deixando ao
Município cuidar da periferia, sem interesse para o concessionário
privado. O resultado foi uma epidemia de cólera. Será que Pitta pretende
o mesmo para São Paulo? Do contrário não se entende sua proposta
esdrúxula de tomar a concessão da Sabesp para cedê-la ao setor privado
e jogar fora o dinheiro pagando dívidas com o governo federal.
Eng.
Paulo Tromboni de Souza Nascimento
Presidente
|