MUSEU DOS TRANSPORTES EXIBE BONDES E PRESERVA HISTÓRIA  | 
  
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      Quem deseja relembrar a antiga São Paulo da
      garoa ou aprender um pouco sobre a história dos transportes no município
      pode visitar o Museu dos Transportes Públicos Gaetano Ferolla,
      pertencente à SPTrans. Instalado no prédio da antiga CMTC (Companhia
      Municipal de Transportes Coletivos), o seu acervo reúne bondes, ônibus,
      peças antigas, fotografias, maquetes, cartazes publicitários e até
      carteiras de motorista dos primeiros motorneiros, além de uma biblioteca
      voltada ao assunto. O espaço foi criado em 1984, por iniciativa de
      Gaetano Ferolla, antigo funcionário da CMTC, e recebeu o seu nome, em
      1991, com a morte do idealizador. Hoje, atende mensalmente entre 1.500 e
      1.800 pessoas, principalmente estudantes e idosos. "As crianças
      fazem visitas monitoradas, assistem a um vídeo educativo e aprendem sobre
      a história da cidade; os mais velhos relembram episódios de sua própria
      vida e muitas vezes nos fornecem informações que são incorporadas à
      nossa documentação", contou o engenheiro Henrique Di Santoro
      Júnior, empregado da SPTrans e administrador do museu desde o final de
      1998. Segundo ele, o objetivo é desenvolver a cultura da preservação.
      "Por isso é tão importante receber as crianças. Estamos inclusive
      providenciando ônibus para oferecer transporte às escolas públicas, que
      hoje representam apenas 10% dos visitantes, contra 90% provenientes das
      particulares." Entre as peças do museu, que inclui até um Ford T 1923, as estrelas são os bondes. No Gaetano Ferolla, há uma réplica do mais antigo, que começou a circular em São Paulo em 1872, pertencia à "Empreza de Bonds de Sant’Anna" e era movido a tração animal. Os elétricos da Light começaram a circular na cidade em 7 de maio de 1900, com a linha Largo São Bento – Alameda Barão de Limeira. Eram bondes abertos, cujos bancos com encostos móveis permitiam aos passageiros mudarem de posição de acordo com o sentido do veículo. Outro a causar sensação, já em 1947, quando foi criada a CMTC, foi o bonde elétrico fabricado em Nova Iorque. Bonito e sofisticado, com sistema de calefação individual, recebeu o apelido de Gilda, numa referência ao filme estrelado por Rita Hayworth. MUSEU GAETANO FEROLLA — Aberto de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas, com entrada gratuita. Av. Cruzeiro do Sul, 780. Informações pelo telefone (11) 3315-8884.  |