Criado como um octeto para
as comemorações dos 100 anos da Escola Politécnica da USP, em 1994, o
Engenho e Arte nasceu reunindo apenas engenheiros, quase todos da Poli.
Hoje, cresceu — são 17 membros — e agregou representantes de outras
áreas, mas a profissão continua marcada no nome e na origem. Filho
legítimo do Coralusp (Coral da Universidade de São Paulo), criado em
1967 como Coral do GTP (Grupo Teatral Politécnico), o grupo carrega as
histórias e a formação musical daquela época.
Antônio Carlos de Melo Franco, formado em Engenharia Química em 1971 e
um dos integrantes mais entusiasmados, diz que descobriu a vocação de
seu vozeirão por acaso. "O coral do GTP estava sendo formado, eu fui
lá para procurar um amigo e acabei ficando", contou um dos cinco
baixos (voz grave masculina) do Engenho e Arte, composto ainda por três
tenores (voz aguda masculina), quatro sopranos (voz aguda feminina) e
cinco contraltos (voz grave feminina). Após deixarem o Coralusp, os
engenheiros voltaram a se encontrar e continuaram a cantar. "Já
tínhamos montado o Matrix e o Madrigal Veredas. Ensaiamos todas as
segundas-feiras, independentemente de termos ou não
apresentações", contou. Para se ter uma idéia da seriedade com que
o compromisso é encarado, a maestrina Luciana Baletta foi contratada para
dirigir os ensaios. "Atualmente, pagamos para fazer o que
gostamos."
A única queixa é a falta de oportunidades para mostrar o repertório de
música popular, brasileira ou não, muitas vezes acompanhado de violão.
"Não há muito espaço para esse tipo de manifestação artística e
quem costumava convidar corais não está tendo dinheiro para promover
eventos", lamentou Franco. Os últimos shows aconteceram em 1999, num
festival promovido por uma igreja e nas comemorações do Natal.
Interessados em apresentações podem entrar em contato pelos telefones
(11) 240-8850 e 9184-6069. |