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       Temos hoje na capital do maior Estado da Federação o
      pior exemplo a nos mostrar o quanto é importante o voto consciente de
      cada cidadão e cidadã nas próximas eleições municipais. Calamidade
      talvez seja o termo que mais se aproxime das condições atuais do
      Município de São Paulo. A cidade está envolta em crises de toda a
      natureza: econômica, social e, sobretudo, política. 
       
      Os métodos de governar do Executivo municipal provocam grande revolta na
      opinião pública. Também os vereadores que compõem a base de
      sustentação governista na Câmara Municipal são candidatos a um severo
      julgamento da população de São Paulo. Esses, aliás, protagonizaram
      cenas como as ocorridas na votação que pôs fim à CPI da máfia dos
      fiscais e das manobras para evitar as investigações e o afastamento do
      prefeito, não obstante a gravidade das denúncias e a opinião pública o
      exigissem. 
       
      O resultado de tudo isso é visível no abandono da infra-estrutura
      municipal, seja na saúde, na educação, no sistema viário, enfim, onde
      nossos olhos alcançam. Mais grave ainda, reflete-se no estado de ânimo
      de parte significativa da população e na sua dificuldade em acreditar na
      capacidade de recuperação da cidade. 
       
      Enquanto engenheiros, comprometidos que somos por vocação com o
      desenvolvimento e a construção de uma sociedade mais justa, temos um
      papel fundamental a desempenhar ante esse quadro de extrema gravidade que
      atinge a maior cidade do País. 
       
      Com a finalidade de envolver os engenheiros nos debates sobre as
      sucessões municipais, o SEESP promoveu o Fórum de Debates "A
      Engenharia e a Cidade". Na Capital, trouxe os principais aspirantes
      à Prefeitura para expor o seu programa de governo e discuti-lo com os
      profissionais, sendo que já agendamos para o dia 10 de outubro debate com
      os candidatos ao segundo turno. A mesma coisa vem ocorrendo em várias
      cidades do interior, através de nossas Delegacias Sindicais. 
       
      A presença de todos os candidatos convidados nos dá a clara dimensão de
      nossa importância enquanto entidade de classe e de segmento formador de
      opinião. Vamos refletir com cuidado e nessas eleições votar com
      consciência. 
       
       
      Ibitinga e os autônomos 
      Cumpre parabenizar os engenheiros autônomos, liberais e
      empreendedores que compareceram a Ibitinga. Seu trabalho naquele encontro
      será um marco de ação coletiva da categoria em São Paulo. 
       
      O programa de ação e a Carta de Ibitinga lá preparadas servirão para
      reforçar a luta da categoria por renda e melhores condições de
      trabalho. A idéia do engenheiro empreendedor veio para ficar, e o SEESP
      vai empenhar-se na defesa dos interesses e no apoio a mais esse segmento
      da categoria. 
      
      Eng.
      Paulo Tromboni de Souza Nascimento
       
      Presidente
      
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