Isak Kruglianskas, engenheiro aeronáutico formado em
1963 pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), atualmente é
professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Ciências
Contábeis da Universidade de São Paulo) e coordenador dos cursos USP-MBA,
do Programa de Educação Continuada em Administração para Executivos da
FIA (Fundação Instituto de Administração), sobre o qual falou ao JE
On Line.
Qual o público-alvo dos cursos USP-MBA da FIA?
O curso "Conhecimento, Tecnologia e Inovação" é dirigido
a líderes técnicos com potencial para ocupar posições-chaves em áreas
envolvidas com a inovação em produtos e processos. Aproximadamente 95%
dos formados são engenheiros.
Qual a diferença entre um curso MBA e uma pós-graduação?
O curso MBA é de especialização, assim como a pós-graduação lato
sensu, que objetiva formar especialistas para as empresas. Na
seleção dos candidatos ao MBA, é importante a experiência
profissional, que deve ser interessante para o intercâmbio de
conhecimento entre os alunos e o incentivo da empresa ao candidato.
Por ser um curso caro, existem bolsas de estudo ou descontos?
Não existem bolsas de estudo porque o MBA é um curso de custo alto
no qual se oferece tudo do melhor e do mais moderno. Porém, o que se
observa é que as empresas dos candidatos têm participado do pagamento e
com a maior parte, variando de 50% a 70%, sendo que às vezes pagam até
100% do preço desse investimento. É importante que a empresa participe,
porque se ela não está disposta a investir financeiramente nesse
empregado, então também não o liberará do trabalho para assistir às
aulas.
Os resultados para o aluno são comprovadamente positivos?
Ainda não há uma estatística comprovando o resultado, porque,
nesses dez anos de existência, o número de alunos que concluíram o MBA
ainda é pequeno. Porém, a nossa experiência tem mostrado que as pessoas
que conseguem um certificado desses normalmente têm prioridade na
ascensão dentro da empresa, que valoriza o fato de o profissional estar
mais preparado, em especial os engenheiros que têm uma visão muito
técnica, principalmente por criar uma consciência mais ampla do que é a
empresa.