CHUVEIRO
COM AQUECIMENTO SOLAR PODE |
Um projeto para o Brasil. Esse é o objetivo
do engenheiro Augustin Woelz, da Sunpower Engenharia Ltda., que desenvolve
dentro do Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas) o aquecedor
solar de baixo custo. A idéia básica é utilizar o sol para aquecer a água que vai para o chuveiro, reduzindo a necessidade de eletricidade. Pensado para 27 milhões de residências unifamiliares do País, o projeto poderá economizar metade da energia gerada pela Usina de Itaipu no horário de pico, das 18 às 21 horas, que corresponde a 6 milhões de kW. Além disso, com a entrada das termoelétricas na geração brasileira, poderá reduzir a emissão de CO2 pelas usinas que utilizam gás. Tendo em vista que uma família consome 2 kW/h por dia de energia no chuveiro, com o aquecedor, 440kg de CO2 deixarão de ir para o Planeta. Outra vantagem é que poupará o dinheiro daquelas de menor poder aquisitivo que pagarão menos na conta de luz — estima-se uma economia de R$ 167,00 ao ano — e terão maiores chances de se enquadrar na tarifa "Classe Residencial Baixa Renda" (leia texto abaixo). A iniciativa surgiu com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e foi apresentada na Eco 92, representando o Estado de São Paulo. "Em dez dias, montamos o protótipo, feito de plástico mole, PVC, cartolina com pintura à prova d’água, cobertura de plástico semitransparente e a caixa de isopor." Em 1999, Woelz fez um projeto novo e o apresentou ao Cietec, que concordou em abrigar a empresa. "Entramos aqui em janeiro do ano passado e ficamos nos preparando, levantando dinheiro junto à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O trabalho em si começou em fevereiro último: terminamos o anteprojeto, o laboratório ficou pronto e começamos a fazer experiências."
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SEESP PROPÕE REDUÇÃO DE POTÊNCIA DO CHUVEIRO |
Considerando a constante ameaça de uma crise
energética no País, o SEESP enviou ofício, em 6 de setembro último, ao
diretor geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), José
Mário Miranda Abdo, apresentando uma proposta para redução do consumo
nos horários de pico. A idéia é propagar o uso de chuveiros elétricos
com potência de 3.200 Watts, contrariando a atual lógica do mercado que,
na tensão de 127 Volts, não oferece o produto com menos de 4.400 Watts. O fato foi verificado pela Delegacia Sindical do SEESP em Bauru, que realiza campanha de orientação aos usuários da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) que desejam se enquadrar na tarifa "Classe Residencial Baixa Renda". A alteração pode significar uma economia na conta de 26% a 65%, mas só é possível, no caso da CPFL, se a carga instalada não ultrapassar 6.200W. Assim, a entidade entrou em contato com os principais fabricantes (Corona, Lorenzetti, Fame e Robot) para descobrir o porquê do crescimento progressivo das potências. As próprias empresas informaram que o fenômeno não tem qualquer justificativa técnica, devendo-se meramente a uma questão comercial. No documento, o Sindicato sugere à Aneel que parcela dos recursos estabelecidos para o combate ao desperdício de energia elétrica seja direcionada a tal iniciativa. |