Os institutos de pesquisa
econômica já sinalizaram a redução dos índices de desemprego em todo
o País. Há regiões que reagem rapidamente, graças aos parques
industriais mais desenvolvidos. Em outras, a recuperação dos postos de
trabalho acontece de forma menos acelerada. Contudo, há uma
característica na recolocação de profissionais que se apresenta de
norte a sul do Brasil: os mais qualificados ficam menos tempo de papo pro
ar. É verdade. Hoje, a simples graduação não significa muita coisa
quando se nada contra a correnteza dos MBAs, especializações e
extensões, principalmente no exterior, que alguns candidatos ostentam em
seus currículos.
Uma pesquisa realizada pela Bolsa de Empregos do SEESP junto às dez
melhores empresas para se trabalhar, de acordo com dados da revista Exame
— Fiat, Arvin Meritor LVS, McDonald’s, HP, Asea Brown Boveri, Xerox,
Samitri, Merck Sharp & Dohme, DPaschoal e Lojas Renner —, mostra o
grau de exigência a que essas organizações chegaram no momento de bater
o martelo para uma contratação e oferecer um oceano de benefícios que
vão desde a possibilidade de levar os filhos para o trabalho até uma
sessão de hidroginástica durante o expediente.
Ter o domínio de um idioma, como inglês, já é considerado pouco. É
preciso ter pelo menos nível intermediário de outros, como espanhol,
alemão e japonês. Para algumas funções, saber lidar com os diferentes
sistemas de informática sequer qualifica para uma segunda entrevista: o
candidato deve não apenas manusear, mas desenvolver os softwares.
Em outras, criar não é o bastante. É preciso dispor de avançadas
técnicas de marketing para viabilizar a colocação mercadológica
de seu produto.
No maremoto da globalização, é muito fácil ficar tecnicamente
defasado. Num piscar de olhos, as tecnologias de ponta sobem um ponto
acima. E é preciso acompanhar. Mas não se desespere. Avalie quais são
as necessidades, os nichos inaproveitados de sua modalidade ou as
tendências de desenvolvimento da área. E invista em reciclagem e
requalificação. |