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     Entusiasmado com o trabalho
    que realiza na Embraer, o engenheiro aeronáutico Alexandre Vilaça Garcia
    de Figueiredo está na empresa desde 1986. O interesse por aviões, surgido
    ainda na adolescência, o levou de Taubaté, sua cidade natal, à vizinha
    São José dos Campos, para estudar no ITA (Instituto Tecnológico da
    Aeronáutica), onde se formou em 1985. 
     
    No decorrer desses anos, Figueiredo atuou principalmente nos testes dos
    aviões, onde acumulou aproximadamente 2 mil horas de vôo. Passou pela
    área comercial, na Engenharia de Vendas e, desde 1999, está na área de
    Programas, onde coordena desde o projeto e a produção do avião até o
    suporte ao cliente. No cargo atual, como gerente técnico, ele encarrega-se
    das aeronaves ERJ 145XR e ERJ 140. Essa última encontra-se em processo de
    finalização da certificação de seu desenvolvimento. Um jato de
    transporte de passageiros, derivado do ERJ 145, foi lançado em setembro de
    1999 e destina-se a preencher o nicho de mercado de 44 assentos. O ERJ 145
    é um jato pressurizado para transporte comercial, com capacidade para 50
    passageiros, propulsado por motores de baixos níveis de ruído e consumo de
    combustível. 
     
    Na rotina de trabalho do engenheiro, uma preocupação é fundamental:
    segurança. "Faz-se um investimento muito grande no produto, uma
    aeronave é um negócio que envolve toda a Embraer e um acidente pode
    prejudicar muito a empresa. Por isso, a segurança está em primeiro
    lugar." Contudo, é importante reconhecer que o risco sempre existe:
    "Se soubermos lidar com ele, vamos minimizá-lo e tomar decisões para
    evitar problemas." 
     
    O engenheiro contou que estão em andamento projetos inéditos na Embraer
    para completar a linha de produtos: uma família de jatos, que inclui os
    ERJs 170, 190-100 e 
    190-200, respectivamente com capacidade para 70, 98 e 108 passageiros.
    Apesar de não estar envolvido nesses trabalhos, avalia que o 170 é o
    futuro da Embraer, tendo em vista a alta tecnologia que representa.
    "Toda empresa aeronáutica aposta em fazer um produto para sobreviver,
    ir crescendo." A Embraer não poderia ficar atrás. O primeiro membro
    dessa família deve estar pronto no final de 2002. Porém, por enquanto, o
    145 é o carro-chefe da companhia. "Não podemos descuidar, temos que
    promovê-lo e atualizá-lo para não perder mercado." Mensalmente, a
    Embraer entrega 18 aeronaves dessas, que têm custo unitário de até US$ 18
    milhões. "Todo mundo lá fora fica atordoado ao saber quanto
    conseguimos fazer. Existe uma preocupação grande e surpreendente da
    concorrência quanto à capacidade da Embraer de atender às necessidades do
    cliente e de se preocupar em mudar o produto e vendê-lo." Para dar
    conta do recado, empenham-se mais de 10 mil profissionais, entre eles
    aproximadamente mil engenheiros. 
     
    Embora a Embraer seja a principal empregadora de engenheiros aeronáuticos,
    Figueiredo garante haver mercado para esses também em companhias aéreas.
    Contudo, para assegurar seu  |