ENGENHARIA AGRÍCOLA x AGRONÔMICA: QUEM FAZ O QUE? |
Prestes
a deixar um emprego no setor de marketing
e assumir um empreendimento próprio, Cezário Benedito Galvão atua
numa área pouco difundida da profissão: a Engenharia Agrícola.
“Como no País há muitas faculdades de Agronomia, a habilitação
é mais conhecida”, explicou. Geralmente
confundidas, as modalidades são díspares e a formação do agrícola, no básico,
é a mesma da Engenharia Mecânica ou da Civil. Assim, fundamenta-se na área
de Ciências Exatas e Tecnológicas, enquanto o agrônomo, na de Ciências
Agrárias. No dia-a-dia, as diferenças também são relevantes. O primeiro
cuida do que acontece antes e depois da colheita: mecanização, irrigação,
drenagem, planejamento de produção, pré e pós-processamento de produtos
e máquinas agrícolas, além de construções rurais. O segundo volta-se a
preocupações como a relação solo-planta, necessidades de nutrientes e ao
desenvolvimento de variedades novas, adaptadas às diversas regiões
brasileiras. Embora
critique o tratamento que o setor recebe do Governo, Galvão afirma que há
oportunidades para os profissionais da área em fábricas de máquinas agrícolas,
cooperativas de produção e nas agroindústrias. Contudo, adverte: “É
essencial formação em faculdade renomada e capacidade de se adaptar a
qualquer área”. Graduado
em 1990 pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, ele pretende
concluir o mestrado de Planejamento de Produção, iniciado na mesma
instituição em 1993. O projeto versa sobre sistema de informações geográficas
e GPF (Sistema de Posicionamento Global), unindo informações de banco de
dados às geográficas e
possibilitando saber onde e o que está plantando e vai colher numa
determinada área. Na
época, essa técnica estava chegando no Brasil e Galvão passou a prestar
serviço como autônomo. Antes disso, trabalhou numa fazenda de criação de
bovinos na cidade de Araçoiaba, depois numa usina de açúcar em Capivari,
ambas em São Paulo. Na Valtra do Brasil S.A., de onde sairá em breve, atua
em Santa Catarina, parte do Paraná e do Rio Grande do Sul, dando suporte às
concessionárias que distribuem os tratores da companhia. O empreendimento
ao qual se dedicará, e que mantém há sete anos em sociedade na cidade de
Itapira, é
a produção de legumes e hortaliças em estufa, visando a
comercialização direta com supermercados. Animado com as perspectivas de
crescimento, ele espera renda mensal inicial entre 12 e 19 salários mínimos,
o equivalente ao salário como empregado da Valtra. |
SEESP NA ANIMALTEC |
Visando
difundir tecnologias que permitem visualizar processos da cadeia produtiva
de animais, propiciando integração entre os diversos agentes do setor, foi
realizada a AnimalTec — Feira Dinâmica de Tecnologia Animal, na Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal, entre os dias 1 e 4
deste mês. O SEESP montou um estande com a Aeasp (Associação dos
Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo) e integrou o conselho
consultivo, representado pelo seu presidente eleito, Murilo Celso de Campos
Pinheiro. |