Presidente
do Crea-SP tem candidatura à reeleição impugnada |
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Na madrugada do dia 11 de junho, a plenária do Confea
(Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) deliberou por
manter a impugnação da candidatura de José Eduardo de Paula Alonso, atual
presidente do Crea-SP, à reeleição. Com isso, os conselheiros confirmaram
decisão que havia sido tomada pela CEF (Comissão Eleitoral Federal) em 1º
de junho. Considerado inelegível pela instância máxima de
decisão do Sistema Confea/Creas, o candidato ficaria fora do pleito marcado
para 3 de julho. Restou-lhe apenas a alternativa de buscar na Justiça uma
liminar que o autorizasse a participar da disputa. Sua candidatura, contudo,
permanece sub judice e poderá ser cancelada a qualquer momento.
Com relação à má administração das verbas do
Crea-SP, consta, em representação feita junto ao Ministério Público
Federal, em 29 de maio último, a dispensa de licitação para a atualização
do sistema central de computação, no valor de R$ 1,2 milhão, o que
contraria a Lei das Licitações. A mesma irregularidade foi apontada em
duas contratações da empresa Integris S/A, a valores de R$ 95.200,00 e R$
814.680,00.
Esse foi um entre outros artifícios dos quais lançaram-se
mão para garantir que as eleições no Sistema não representem mudanças
efetivas no Crea-SP. Por exemplo, a Comissão Eleitoral Regional, num só
lance, já havia conseguido agredir a democracia e o bom-senso: recusou
todas as solicitações de instalação de mesas receptoras feitas pelo
SEESP, num total de 159. Nada
mais absurdo, tendo em vista que a entrega da relação das urnas foi feita
em estrito acordo com o regimento eleitoral. Mais uma vez chega-se à conclusão que o intuito era
beneficiar o candidato da situação, já que as urnas aprovadas pela comissão,
em sua maioria, eram exatamente aquelas localizadas em redutos eleitorais do
atual presidente do Crea-SP, sob controle de suas inspetorias. Se o
beneficiado nesse caso tem nome, os prejudicados são a democracia e os
engenheiros, arquitetos, agrônomos, geólogos, tecnólogos, geógrafos,
meteorologistas e técnicos do Estado de São Paulo. A recusa das urnas
propostas pelo SEESP, localizadas nas empresas e instituições onde os
profissionais exercem suas funções, equivale a tentar alijá-los da votação,
dificultando seu acesso às mesas receptoras. Felizmente, em recurso junto
à CEF (Comissão Eleitoral Federal), o SEESP conseguiu validar as urnas
que, em boa parte, foram também confirmadas pelo plenário do Confea. |
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