Os
engenheiros do Incra e o Crea |
|
Em março de 2000, os engenheiros, agrônomos e
agrimensores do Incra-SP, exasperados com a série de procedimentos técnicos
inadequados tomados pela administração da instituição – entre os quais
o pagamento de aproximadamente 1000ha de terra desapropriados para reforma
agrária, que simplesmente não existiam –, decidiram recorrer ao Crea-SP,
para que verificasse o cumprimento da legislação profissional na ocupação
dos cargos de direção que necessariamente devem ser preenchidos por
profissionais da engenharia. Isso consta, em especial, na Resolução do
Confea n° 430, de 13 de agosto de 1999, que relaciona cargos e funções da
administração pública privativos desses profissionais. Inicialmente, tentamos ser recebidos pelo atual
presidente (hoje licenciado) do Crea-SP. Após insistentes apelos à sua
assessoria, o máximo que conseguimos foi obter o agendamento da reunião
para dali a três meses. Desistimos da reunião; protocolamos no Crea-SP o
pedido de fiscalização e aproveitamos o Congresso Paulista de Agronomia
para abordar o atarefado presidente do Crea-SP, que, em estilo grandiloqüente,
prometeu todo o empenho. Decorridos quase dois anos, tudo o que conseguimos
foi um notável policiamento, não da instituição que nada sofreu, mas dos
profissionais que fizeram as denúncias. Em procedimento incomum, fomos
notificados a realizar ou comprovar pagamento de anuidades, ainda dentro do
exercício, e regularizar vistos. Tudo isso com base no processo em que
realizamos a denúncia! Parece-me o Crea-SP, na atual gestão, imbuído do
propósito de inibir que os profissionais a ele vinculados realizem denúncias
contra a administração pública, no atual Governo. Eng. Agr .Sinésio Sapucahy Filho |
|