69 Anos Festa
destaca papel de sindicato-cidadão |
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Os
69 anos do SEESP foram comemorados por dirigentes sindicais, associados,
autoridades e convidados, que lotaram o auditório da entidade, no dia 25 de
setembro – o aniversário havia sido no dia 21. A cerimônia foi um
momento de reflexão sobre o passado e as perspectivas de futuro do
Sindicato. “Temos
pautado nossa atuação à frente da entidade tendo como norte um tripé
fundamental: a defesa incansável dos legítimos interesses da categoria e
da profissão, o aprimoramento contínuo do atendimento e prestação de
serviços aos filiados e a luta pelo desenvolvimento do País e bem-estar do
povo brasileiro”, resumiu Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do
SEESP. Essa linha, ressaltou ele, segue uma vocação de sindicato-cidadão
já evidenciada há décadas (veja quadro). Esse
papel, assumido de fato a partir dos anos 80, foi também destacado pelo
engenheiro Allen Habert, que falou em nome dos ex-presidentes da entidade.
“Forjamos um sindicalismo de camadas médias inédito. É um dos maiores
sindicatos do Estado, a maior entidade de engenheiros do País e uma das
maiores do mundo”, afirmou. Ele apontou ainda um dos grandes desafios do
momento: a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), para o qual o
SEESP deverá estar atento. Testemunha
da atuação do Sindicato nas últimas décadas, Sérgio Camargo, presidente
da CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços), citou a lei do salário mínimo
profissional como um marco de um combate essencial da entidade. “Era o
começo da luta pelo reconhecimento mínimo de uma remuneração. Hoje a
relação salário-trabalho-emprego é uma discussão permanente.”
Com
os olhos no futuro |
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História
de luta em defesa do engenheiro e do País |
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No
dia 21 de setembro de 1934 foi fundado o SEESP, com o intuito de indicar um
deputado classista às eleições à Câmara Federal daquele ano – o
escolhido foi Ranulfo Pinheiro. Somente a partir do Movimento de Oposição
e Renovação, no final da década de 70, a entidade passaria a atuar em
prol dos interesses dos engenheiros do Estado. O primeiro dissídio coletivo
foi firmado em 1977 junto ao Sindicato dos Bancos e, no ano de 1981, era
assinado um acordo com a Cesp. Desde
então, o SEESP passou a trilhar novo caminho em defesa das reivindicações
econômicas dos engenheiros – atualmente negocia e consolida acordos e
convenções coletivas de trabalho com dezenas de empresas estatais e
privadas, além de diversos sindicatos patronais. Ramificou-se pelo Estado e
hoje tem 25 delegacias sindicais distribuídas por pontos estratégicos. O número
de associados já ultrapassa os 30 mil. Além
da ação sindical, outros fatos
marcaram a história do SEESP. Nos anos 80, lutou pelas eleições diretas e
pelo Movimento de Ciência e Tecnologia na Constituinte. Defendeu o
impeachment do Governo Collor e traçou ações em prol do patrimônio público
e contra a privatização das estatais. Propõe
investimentos na infra-estrutura nacional como forma de assegurar
o desenvolvimento do País, a melhoria das condições de vida da
população e a geração de emprego e renda. No mesmo espírito, coloca-se
contrário à assinatura do tratado que institui a Alca (Área de Livre Comércio
das Américas), proposta pelos EUA. Esse, aliás, foi um dos princípios
estabelecidos na Carta de São Pedro, durante o I Cetic (Congresso Estadual
Trabalho–Integração–Compromisso), realizado em agosto de 2001, onde se
propuseram a defesa dos interesses nacionais dentro do processo dinâmico de
globalização e uma ampla discussão sobre o tema na sociedade e no
Congresso Nacional. |
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