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     Memória 
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     Soraya
    Misleh   Dos
    veículos de madeira, sem pedal e guidão, chamados celeríferos, aos
    sofisticados modelos encontrados atualmente no mercado, um longo caminho foi
    percorrido, como mostra a exposição itinerante “Caloi, pedalando para o
    futuro”. Nas
    bicicletas originais, muito mais um “protótipo”, o impulso era dado
    pelo usuário, por meio dos seus pés sobre o chão, bem ao estilo dos
    famosos personagens do desenho The Flintstones. A invenção primitiva data
    de 1790 e sua autoria é atribuída ao aristocrata francês, conde Sivrac.
    Vinte e seis anos depois, foi adaptada pelo barão alemão Karl Friederich
    Von Drais uma direção a essa bicicleta. Durante o século XIX, tal veículo
    ganhou forma e muitos dos seus componentes foram inventados. O modelo com
    pedal, criado pelo inglês James Starley em 1870, foi sucesso de vendas.
    Apesar do avanço experimentado nesse período, a bicicleta somente veio a
    se assemelhar às encontradas hoje no final daquela era. Antes, tinha como
    característica a roda dianteira bem maior do que a traseira. No
    Brasil, foi trazida pelo imigrante italiano Luigi Caloi, em 1898. Mas o início
    da produção nacional deu-se somente em 1948, pela empresa que levou o seu
    sobrenome, embora essa tenha começado a fabricar aqui alguns componentes e
    peças três anos antes. A opção mostrou-se acertada e nos anos 50 muitos
    modelos foram lançados.  
 Criou-se,
    assim, ao longo da segunda metade do século XX, uma bicicleta para cada
    nicho de mercado – lazer, esporte, aventura ou transporte. “Hoje,
    leva-se em conta no projeto de engenharia o comprimento do braço, tronco,
    perna e o próprio cavalo.” Fruto
    da tecnologia, ampliou-se inclusive o rendimento, com menor desgaste para o
    usuário. “Dos modelos com duas a três marchas, encontrados na década de
    60, passou-se a De
    acordo com ele, esse desenvolvimento é contínuo e sempre que há, por
    exemplo, uma nova liga que propicie baixo peso agregado e alta performance,
    monta-se o protótipo e testa-se sua eficiência. “Utilizamos softwares
    que calculam onde há incidência de quebras no quadro. Se houver algum
    ponto, a gente acerta os detalhes e refaz o teste até aprovar”, assegura
    Bringeo.  | 
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