Fórum
Social Mundial 2004 acontece na Índia
De 16 a 21 de janeiro, a cidade de Mumbai, naquele país, receberá
os participantes do FSM, em sua quarta edição. As três primeiras foram
sediadas em Porto Alegre, sendo que em 2003 mais de 100 mil pessoas
estiveram presentes. “Militarização, guerra e paz”, “Mídia, informação,
conhecimento e cultura”, “Democracia, segurança ambiental e econômica”
e “Exclusão, discriminação, dignidade, direitos e igualdade” são os
principais eixos das atividades.
A
iniciativa de realizar o Fórum Social Mundial fora do Brasil assegura a
difusão do evento pelo planeta. E a escolha por Mumbai levou em conta não
apenas infra-estrutura adequada, mas principalmente o fato de permitir
desafiar a agenda neoliberal e a ideologia de extrema direita. Com mais de
13 milhões de habitantes, a cidade é a capital financeira da Índia, assim
como o local das mais famosas lutas da classe trabalhadora no país. Além
disso, é a rota preferida de migração naquele destino, possibilitando que
a mensagem política do FSM seja levada a partes distintas da Índia.
Filiados
permanecem isentos da CPMF
Os associados ao SEESP continuam livres da cobrança da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira. O Sindicato questionou seu
recolhimento junto à Justiça Federal e obteve liminar assegurando a isenção
aos seus filiados. A decisão foi confirmada por sentença da 8ª Vara da
Justiça Federal. Para garantir a não-cobrança, os engenheiros associados
devem fornecer ao banco do qual são correntistas cópia dessa. Além disso,
precisam comprovar que são sindicalizados. Caso haja dúvidas, entre em
contato com o Departamento Jurídico do SEESP pelo telefone (11) 3113-2660
ou com a Delegacia do SEESP em sua região.
BNDES
abre mão de garantia e dá bônus à AES
Em 29 de dezembro de 2003, foi anunciado o acordo firmado entre o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a AES Corporation
para reestruturação da dívida de US$ 1,2 bilhão dessa companhia com a
instituição. A versão final garantiu ainda mais vantagens à
multinacional que o entendimento divulgado em 8 de setembro do ano passado (JE
220). Pelo acerto, foi criada uma nova holding, a Brasiliana
Energia S/A, que incluirá todos os ativos da AES no Brasil, a qual deterá
50% das ações mais uma, enquanto 50% menos uma ficarão com o BNDES. A
diluição da participação do grupo estadunidense no capital total da
Eletropaulo, Uruguaiana e Tietê – incorporadas, portanto, à Brasiliana
– será utilizada para reduzir sua dívida com o banco em US$ 600 milhões.
O restante será pago da seguinte maneira: US$ 90 milhões em 31 de janeiro
e US$ 510 milhões em 11 anos, com carência de três anos. Além disso, o
BNDES torna-se garantidor da geradora AES Tietê, herdando assim um passivo
de US$ 300 milhões da AES IHB, controladora dessa companhia. E ainda, o
banco comprometeu-se a perdoar em torno de US$ 197 milhões de juros da dívida
caso a AES pague em dia. O acerto precisará ainda ser aprovado pela Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) e Banco Central. Se os seus termos
não forem cumpridos, o BNDES assumirá o controle da Brasiliana.
Esse
acordo não atende aos interesses do País e o mantém refém do capital
internacional. A solução apresentada pelos técnicos do setor foi o fim
antecipado da concessão, o que poderia ocorrer com a decretação de sua
caducidade. A iniciativa caberia à Aneel e ao Governo, em vista do
comprovado desequilíbrio econômico-financeiro da AES.
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