Dada
largada para campanhas salariais 2002 |
|
Aconteceu no dia 16 de abril último o Seminário
“Campanhas Salariais”, reunindo dirigentes do SEESP e profissionais de
recursos humanos de empresas onde a categoria atua. Com o encontro, o SEESP
iniciou o processo de negociação, visando a assinatura de acordos e convenções
coletivas de trabalho para 170 mil engenheiros do Estado. Conforme lembrou
Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, durante o evento, “o
eixo central dos debates engloba a empregabilidade, a tecnologia e a defesa
do engenheiro”. Ciente dos problemas decorrentes da situação estrutural, das dificuldades no setor político e considerando que as negociações se darão num ano eleitoral, o SEESP propôs que, juntamente com a negociação salarial, as empresas se engajem na luta por questões de interesse da sociedade que fazem parte do ideário programático defendido pelo Sindicato, como reforma tributária e investimentos na produção.
Na Cesp (data-base em 1º de junho), as negociações
acontecerão sem a iminência da privatização, portanto, submetida às
diretrizes do Governo. Com acordo assegurado até 2004, as discussões se
voltarão à revisão de cláusulas específicas. Sérgio Camargo,
assistente executivo da presidência, concorda que haverá dificuldades,
ressaltando a reposição salarial como item importante a ser discutido,
assim como a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Contudo, ele foi
otimista: “Sairemos da negociação, atendendo aos interesses da empresa e
dos engenheiros.” Na Sabesp (data-base em 1º de maio), mais de mil
engenheiros estão na expectativa do resultado da campanha. Segundo o
superintendente de RH, Walter Sígollo, a empresa passa por dificuldades
financeiras que tendem a se agravar com a ausência de uma política de
saneamento no País. “Como não há definição efetiva sobre esse
assunto, dificulta a caracterização da organização”, afirmou. Quanto
ao reajuste, ele lembrou que depende de decisão do Governo, como as demais
estatais. Na Cetesb, ao menos uma boa notícia dada pelo gerente de RH, Carlos Marigi: será
aberto concurso público, prioridade para admissão de engenheiros. “A idéia
é oxigenar a empresa em todos os níveis, principalmente na área de
engenharia”, garantiu. Com a incorporação da EPTE à CTEEP em novembro último,
a negociação nessa estatal de transmissão de energia colocará na mesa de
negociação novo ingrediente: um único acordo coletivo. Com a unificação,
os 109 engenheiros oriundos da EPTE serão representados pelo SEESP pela
primeira vez. Dentro do processo de reestruturação, está em curso a revisão
de cargos e salários dos seus 3.200 funcionários. Para Orivaldo José
Marcuzzo, gerente de RH, “o processo exigirá das partes maturidade na
negociação para buscar esse acordo unificado”.
Para Renato Romano, gerente jurídico do Sinduscon
(data-base em 1º de maio), a margem de negociação está cada vez mais
estreita nas indústrias de construção civil. Porém, ele acredita na
negociação da PLR por considerar um instrumento de gestão que pode
propiciar ganho efetivo ao trabalhador e fazer com que as empresas atuem no
mercado formal.
SPTrans
– A empresa municipal SPTrans – São Paulo
Transporte S/A está negociando acordo coletivo pela primeira vez com o
SEESP. A data-base dos engenheiros em 1º de maio foi garantida. Cosipa
– Aconteceu em 25 de abril a primeira reunião de
negociação entre o SEESP e a Cosipa. As próximas estão programadas para
os dias 7, 13 e 16 de maio. Os engenheiros reivindicam itens sociais, cujo
objetivo é firmar acordo por dois anos, e econômicos, com vigência até
2003. Metrô,
CDHU e Cetesb – Já tiveram início também as negociações com o
Metrô, CDHU e Cetesb, visando o Acordo Coletivo de Trabalho 2002/2003. Em
todas essas, a data-base dos engenheiros em 1º de maio foi garantida. Com relação ao dissídio coletivo 1999 na Cetesb, a
empresa pagará 4% a partir deste mês e propôs parcelar o restante dos
atrasados. |
|