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    Promore é a engenharia social  | 
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     O projeto de lei que regulamenta o Promore (Programa
    de Moradia Econômica), já aprovado pela Câmara Municipal de Campinas, foi
    sancionado pela prefeita Izalene Tiene (PT) no dia 25 de julho último. A
    legislação que cria o programa na cidade estabelece uma parceria duradoura
    entre a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas e a Prefeitura local.  O Promore é o complemento não-governamental às políticas
    de moradia. Por meio dele, é estimulado o aproveitamento dos diversos
    vazios habitacionais dentro da malha urbana de uma cidade, onde
    anteriormente já houve investimentos públicos com a infra-estrutura básica.
    Como bem observou o Eng. Márcio Pazinato, diretor do SEESP e coordenador do
    Promore em Campinas, “cada casa construída pelo Promore constitui-se em
    menos uma moradia a ser futuramente regularizada”.  A iniciativa estimula a autoconstrução e a construção
    gerida pelo próprio interessado, com acompanhamento técnico adequado por
    engenheiros, da planta até o “habite-se”. Isso inclui assessoria para a
    compra de materiais com melhores preços, baseados em pesquisa no mercado.
    Ao final, em muitos casos, o serviço prestado proporciona economia de até
    50% no custo total. Os beneficiários são aqueles com renda familiar menor
    que cinco salários mínimos, que possuem terreno, moram há mais de um ano
    na cidade e querem construir até 70m2 ou ampliar até 30m2. A contribuição do poder público será a isenção
    de taxas e a celeridade na tramitação dos processos referentes às
    moradias.  O programa trará um duplo benefício. Além de
    auxiliar famílias a terem sua casa com segurança e condições dignas de
    moradia, proporcionará oportunidade de trabalho aos engenheiros recém-formados,
    em busca de uma oportunidade. Esses, evidentemente, trabalharão sob
    supervisão de outros mais experientes, pertencentes à equipe do SEESP.  Além de todas as vantagens já descritas, esse
    projeto permitirá desmistificar a idéia que permeia as populações de
    baixa renda, de que a utilização de serviços de engenharia é um sonho
    inatingível. Com essa proposta, lançada pioneiramente pelo SEESP em 1988
    na cidade de Bauru, a nossa profissão equipara-se a várias outras, que já
    praticam atividades com caráter social, como por exemplo a medicina ou a
    odontologia. Finalmente, chegamos à era da chamada engenharia pública ou
    social. Eng. Rubens Lansac Patrão Filho  | 
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