Lamentavelmente,
75% das micro e pequenas empresas fecham suas portas antes de completar
cinco anos de existência. Uma vida curta para quem é responsável por sete
em cada dez empregos gerados no País.
O Programa Engenheiro Empreendedor (www.seesp.org.br), mantido pelo SEESP,
presta assessoria aos profissionais para ajudá-los a escapar dessa
cruel estatística. Nesta edição, o especialista em consultoria
empresarial, Ricardo de Almeida Prado Xavier, dá algumas dicas adicionais
valiosas.
O primeiro passo, ensina ele, é evitar o grande erro de quem se aventura em
querer atuar em um negócio próprio em alguma área distante de suas
experiências profissionais e de vida, partindo para as opções “que dão
dinheiro”. O conselho é nunca fugir da seara que domina. “Você só
pode vender aquilo que conhece”, salienta Prado Xavier.
Aos engenheiros, ele ressalta que o perfil geralmente muito técnico da
categoria pode ser uma barreira na hora de lidar com os meandros do
marketing. Uma saída é a conquista de sócios com essa habilidade.
Outra falta grave é acreditar que patrões trabalham menos. Segundo o
analista, as responsabilidades do empresário são absolutamente superiores
às dos empregados. Quem quiser montar seu próprio negócio pode se
preparar para um comprometimento total, que não tem nada de “viagens
durante a semana ou passeios em dias úteis”.
Outra falha típica é o futuro empreendedor freqüentar uma consultoria
para abrir um negócio para a mulher ou filho. Apenas os envolvidos
diretamente na proposta devem buscar as incubadoras, adverte Prado Xavier.
Também é importante ter o aval da família para mudar de vida, já que a
maioria quer contar com o apoio dos entes próximos na nova empreitada.
E,
como em tudo, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém:
comece pequeno, não queira ser uma megaempresa logo no primeiro ano; nunca
aplique todo o seu capital de uma só vez – faça um estágio mínimo de
um mês em negócio similar ao que pretende abrir.
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