LULA LÁ E ALCKMIN CÁ

Na data histórica de 27 de outubro de 2002, o povo brasileiro, num momento explosivo de indignação e de maturidade democrática, elegeu um ex-operário, decano líder sindical do ABC paulista, para governar o Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva é o oitavo filho de um casal de lavradores do município de Caetés, cidade do agreste pernambucano.

Militante dos movimentos sindicais durante a ditadura militar, Lula conduziu a fundação do  Partido dos Trabalhadores, presente em todos os estados brasileiros e legítimo representante, hoje, das populações carentes agrárias e urbanas.

Luiz Inácio entra para a história do Brasil democrático como sendo o mais votado presidente eleito pelo povo, entre todos, mas carrega consigo e com seu partido a responsabilidade de cumprir profundas reformas na economia nacional, bandeira principal de sua campanha, feita em tom de profunda emoção.

Dois terços da população aderiram e apoiaram nas urnas a proposta de mudança, que significa emprego, melhores  salários, saúde,  habitação, educação, segurança, crescimento econômico,  aumento das exportações, quedas dos juros, enfim, melhor qualidade de vida para todos os brasileiros, além das reformas ainda pendentes.  O eleitor brasileiro, clamando por transformações, concedeu ao futuro presidente a oportunidade de fazer dos sonhos de todos nós uma inquestionável realidade.

Em São Paulo, confirmou-se a reeleição de Geraldo Alckmin, que incorporou em seu programa a promessa de uma administração moderna e competente,  que se propõe a conduzir São Paulo ao lugar de “locomotiva” que traciona o crescimento econômico e industrial brasileiro.  Ganharam destaque em seus planos para o novo mandato investimentos em segurança pública, educação, saúde, emprego e renda e transporte.

Com tais propostas e a imagem de homem público honesto e trabalhador, Alckmin conquistou a confiança do eleitor paulista, que lhe concedeu mais quatro anos para sanar os graves problemas que afligem o Estado. É o desafio que se coloca ao governador reeleito.

Passada a verdadeira festa que se viu no País no dia 27, é hora de arregaçar as mangas. Não só para os eleitos, mas também para os representantes da sociedade civil organizada, que podem e devem participar dos muitos debates acerca dos problemas nacionais e das soluções mais adequadas.

Nesse sentido, na pauta dos engenheiros, continuam questões cruciais: os direitos trabalhistas e a organização sindical, investimento em ciência e tecnologia e desenvolvimento de políticas públicas que sejam tecnicamente corretas, especialmente nas áreas energética e de saneamento.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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