Uma história de sucesso com usinas termelétricas

Gerenciar projetos de multinacionais do começo ao fim. Essa é a atividade desenvolvida por Antônio A. S. Cardoso, presidente da CTM Engineers, uma empresa norte-americana estabelecida em São Paulo desde 1998. O serviço é contratado por clientes que atuam no segmento de usinas termelétricas no Brasil.

A rotina do trabalho é rever relatórios técnicos produzidos por engenheiros e elaborar outros sobre situações conflitantes nas obras, que envolvem atrasos na empreitada, gastos, falta ou excesso de pessoal, além de normas de segurança e meio ambiente.

Engenheiro eletroeletrônico, graduado em 1964 pela Efei (Escola Federal de Engenharia de Itajubá), Cardoso iniciou sua vida profissional na alemã Siemens, atuando por três anos na matriz da empresa e depois em seu escritório em São Paulo. No período entre 1970 e 1975, lecionou na Efei, onde também concluiu, em 1974,  o curso de pós-graduação em engenharia elétrica na área de automação.


Novos horizontes
Em 1975, ele ingressou na Main Engineers, como diretor técnico da área de papel e celulose, em São Paulo. Em 1976, passou à presidência da companhia no Brasil e vice do conglomerado americano. Em 1988, a empresa foi vendida aos funcionários e Cardoso continuou na presidência como acionista. Acumula assim as funções nessa e na CTM.

Segundo o engenheiro, para atuar no segmento de termelétricas, a palavra-chave deve ser “competitivo”. “O profissional deve falar vários idiomas, ter intimidade com o computador, base teórica forte e aprimorar o conhecimento de gerência”, aconselha. O mercado, conforme ele, embora disputado, “é dividido harmoniosamente” entre as empresas do setor.

O executivo, contudo, critica as mudanças trazidas pelo Governo FHC. “O processo de privatização resultou em grandes despesas aos investidores e num descompasso nas obras que acabou prejudicando o emprego”, avalia. Sua expectativa para o próximo presidente é que se promovam obras demandadoras de maior mão-de-obra, como as pequenas hidrelétricas.  

Caipira, mas francesa

Paralelamente aos grandes empreendimentos termelétricos, o engenheiro  Antônio Cardoso dedica-se a uma atividade bem diferente. Há quatro anos, cria, num sítio na cidade de Laranjal, galinhas caipiras Label Rouge, oriundas da França. O hobby ocupa um galpão de 150m2 e quatro piquetes de 1.000m2 cada, onde as galinhas são soltas por um certo tempo para se exercitar. Nesses, foram plantadas grama Tifton 85 e árvores e são colocadas minhocas para a alimentação das Label.

Os pintinhos são comprados com um dia de vida e ficam num berçário com luz especial de 15 a 20 dias. Depois, são soltos no primeiro piquete, onde ficam pelo mesmo período se alimentando. Quando toda a grama é consumida, têm acesso ao espaço seguinte. A dieta é completada com a ração, servida pela manhã, composta de milho (75%) e nutrientes de soja e trigo (25%). Hormônios de crescimento e antibióticos, exceto uma vacina, estão fora do cardápio. Para dormir, as galinhas podem optar entre voltar aos poleiros instalados no galpão ou as árvores dos piquetes. Aquelas destinadas à produção de ovos, que põem em média 280 por ano, crescem separadas das demais, porque devem caminhar por espaços mais amplos e consumir maior quantidade de grama.

Com esses cuidados, conta Cardoso, em 60 dias, os animais já passam dos dois quilos, peso ideal para o abate e garantia de carne macia. O preço da galinha de corte é R$ 10,00, fazendo um lucro de 50%, descontados os cuidados e o investimento de R$ 1,35 em cada pintinho.

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JE 201