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     A luta dos pobres contra os ricos  | 
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     O
    presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acabou por roubar a cena
    no jovem Fórum Social Mundial de Porto Alegre e no conservador Fórum Econômico
    Mundial de Davos, onde pobreza e miséria não são assuntos preferenciais. Hoje,
    parece que ninguém mais duvida de que o Fórum Social Mundial, em sua
    terceira edição, veio para ficar, e agora mais do que nunca se contrapor
    ao Fórum Econômico Mundial patrocinado, no atacado, pelo grande capital
    internacional. Enquanto a pauta desse é restrita às preocupações de quem
    investe nos mercados mundiais financeiros e comerciais, o Fórum Social
    Mundial representa o grande varejo de problemas sociais que estão
    espalhados pelo mundo, localizados principalmente nas regiões pobres do
    globo que não conseguem, por si só, fazer crescer as próprias economias
    locais.  Nesse
    Fórum, é tal a pluralidade de problemas e assuntos a serem debatidos que
    ocorreram nada menos que 2.400 oficinas, patrocinadas pelos 100 mil
    participantes, entre os quais 20.763 delegados vindos de 156 países. O
    SEESP foi uma das organizações a enviar uma delegação, como nas edições
    anteriores do FSM, e apresentar sua contribuição com inúmeros trabalhos
    em diversos campos da engenharia (leia
    cobertura desse evento). Sob
    uma visão macro, o Fórum Econômico Mundial e o Fórum Social Mundial
    expõem a imensa distância que existe e persiste entre a riqueza e a
    pobreza das classes sociais no mundo contemporâneo, apesar do esforço do
    presidente brasileiro para colocar a pobreza na pauta do Primeiro Mundo. A
    união dos ricos em prol da riqueza e da opulência, contrastando com a dos
    pobres contra a pobreza e a miséria, reflete a profunda injustiça que o
    mundo vem produzindo nos últimos séculos, com o acirramento das diferenças
    sociais. 
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